SEGUNDA, 05/02/2018, 19:22

Após morte de motorista, condutores do Uber em Londrina cobram mais segurança para trabalhar

Suspeito de cometer o crime deve ser apresentado nesta terça-feira na 10ª Subdivisão Policial.

O assassinato do motorista de Uber Vanderlei Teixeira da Silva, 33 anos, no último final de semana, na avenida Duque de Caxias, região central de Londrina, reacendeu a discussão sobre a segurança oferecida aos condutores que trabalham com o aplicativo. O suspeito de cometer o crime foi preso pela Polícia Civil, mas não teve o nome revelado. Ele deve ser apresentado à imprensa nesta terça-feira na 10ª Subdivisão Policial.

Silva foi enterrado nesta segunda no cemitério Jardim da Saudade, região norte. Ele levou diversas facadas. A família informou que o rapaz complementava a renda com o Uber há apenas três meses. A vítima optava por circular pela cidade aos sábados e domingos. No resto da semana, trabalhava como caminhoneiro.

O homicídio gerou uma comoção entre os motoristas do Uber, que realizaram um cortejo fúnebre. Cerca de 60 carros participaram do ato. Em muitos deles, uma mensagem de luto foi escrita nos vidros traseiros. Em nota, a assessoria de imprensa do aplicativo lamentou a morte de Silva e ressaltou que “se colocou à disposição para colaborar com as investigações”.

Um dos organizadores da manifestação, Cristian Ferreira Dias, que também é um dos motoristas mais antigos do Uber em Londrina, afirmou que a insegurança é muito grande. Em conversa com os trabalhadores, a empresa já teria se prontificado a adotar medidas para tentar resolver o problema.

A reportagem não conseguiu confirmar a possível negociação entre Uber e motoristas com a assessoria do órgão, que não atendeu as ligações.

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