SEGUNDA, 03/05/2021, 17:00

Após orientação do Ministério da Saúde, prefeitura "bloqueia" de forma temporária agendamento para segundas doses contra o coronavírus em Londrina

Município garante que não há desabastecimento, e explica que foi preciso adiar a aplicação do 21º para o 28º dia após o recebimento da primeira dose para aumentar a eficácia da vacina.

A Secretaria Municipal de Saúde confirmou, por meio de nota enviada à CBN nesta segunda-feira (3), que "bloqueou" de forma temporária o agendamento para a aplicação das segundas doses da Coronavac em Londrina. No comunicado, o Núcleo de Comunicação da prefeitura lembrou que, no início da campanha, ficou estabelecido que o vacinado iria receber a dose complementar, necessária para a completa imunização contra o coronavírus, 21 dias após a primeira. O Ministério da Saúde, no entanto, segundo a nota, enviou uma orientação ao município nos últimos dias pedindo para que as segundas fossem aplicadas 28 dias depois das primeiras. O prazo mais longo, conforme a informativo, pode aumentar a eficácia da vacina. Ou seja, quem recebeu como previsão de prazo o 21º dia após a aplicação da primeira dose vai precisar esperar um pouco mais para o agendamento da segunda. De acordo com o N.Com, o agendamento só vai ser liberado agora a partir do 25º dia. A mudança pegou muitos londrinenses de surpresa, que receberam uma previsão de data e, na hora de agendar a vacinação, se depararam com o comando bloqueado no site da prefeitura. O município garante que o bloqueio é temporário, e vai ser liberado 25 dias após a aplicação da primeira dose do imunizante.

O impasse, inclusive, levantou a possibilidade de Londrina ter precisado paralisar a aplicação das segundas doses por conta da falta de vacinas. A prefeitura garantiu, por sua vez, que não há desabastecimento, e que a campanha continua sem interrupções na cidade. Até o momento, de acordo com o vacinômetro do município, 113.435 pessoas foram vacinadas contra o coronavírus, sendo que 65.235 delas já receberam as duas doses do imunizante.

Além da Coronavac, a cidade utiliza doses da Astrazeneca para vacinar a população. No caso do imunizante da Fiocruz, o tempo de espera para aplicação da segunda dose é ainda maior e pode chegar a três meses desde o recebimento da primeira. A CBN conversou com a estudante Letícia Baldon, que reclama da demora para a avó de 87 anos receber a dose complementar da vacina de Oxford. Ela disse que tenta agendar a imunização todos os dias, mas que a previsão é de que isso só ocorra no mês de junho.

O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, pediu paciência à população, lembrando que os prazos estabelecidos são essenciais para a eficácia das vacinas. Ele e o prefeito Marcelo Belinati explicaram a diferença entre os dois imunizantes durante a live de domingo (2), falaram sobre a mudança de prazo para a aplicação da segunda dose da Coronavac e garantiram que se o prazo indicado passar, a aplicação do imunizante precisa ser feita do mesmo jeito.

Por Guilherme Batista

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