O preço do gás de cozinha voltou a subir em Londrina nos últimos dias, depois que a Petrobas anunciou, no final do mês passado, um reajuste de 4% no valor do produto para venda em botijão de 13 quilos. Esse é o quinto aumento deste ano. Se levarmos em conta apenas os dois últimos, 5% em outubro e os 4% de novembro, foram quase 10% de aumento em menos de dois meses. A alta acumulada fez o valor do gás disparar nas revendedoras da cidade. Por meio de uma pesquisa rápida, a reportagem da CBN encontrou preços variando entre 65 e 85 reais nos estabelecimentos.

Sete lojas foram procuradas. O preço mais barato, de 65 reais, era oferecido ao consumidor que topasse ir buscar o botijão no local. Em caso de entrega, o valor já subiria para 75 reais. Também encontramos o produto a preços de 70, 77, 78, 80 e, o mais elevado, 85 reais. O valor mais caro tinha a entrega inclusa. Quem aceitasse buscar o botijão, pagaria 80 reais.

Em entrevista à CBN nesta quarta-feira, a presidente do Sinegas, sindicato que representa as revendedoras de gás do norte do Paraná, Sandra Ruiz, admite que houve reajuste, mas garante que os preços praticados poderiam ser ainda mais salgados se as empresas resolvessem repassar todo o peso dos aumentos ao consumidor. Ela destaca que, atualmente, o setor precisa enfrentar não só a oscilação da política de preços da Petrobras, mas, também, o desinteresse cada vez maior do consumidor pelo gás de cozinha.

Outra situação que expõe ainda mais a crise dos revendedores, conforme Sandra, é a venda da Liquigás, por parte da Petrobras, para um consórcio liderado pela Copagaz, outra gigante do setor. O negócio de R$ 3,7 bilhões fez a empresa assumir a liderança do mercado nacional.