A Prefeitura de Londrina decidiu suspender os salários da Secretária de Saúde, Vivian Feijó, e do Secretário de Gestão Pública, Leonardo Carneiro. A decisão, publicada no final da última semana, acata uma recomendação do Ministério Público.

O documento, assinado pelo Prefeito Tiago Amaral (PSD), menciona várias vezes o pagamento dos salários aos titulares das pastas como algo positivo. Diz que os Secretários receberam a gratificação do salário “de boa-fé” e volta a falar em economia nos cofres públicos.

Vivian Feijó é lotada no Hospital Universitário de Londrina, e Leonardo Carneiro é Delegado da Polícia Civil. Ambos recebem os vencimentos dessas funções e também valores por estarem na Administração Municipal, o que, para o Ministério Público, é ilegal. Vivian recebia até 90% do salário e Carneiro até 70% do total de R$ 21,9.

A Prefeitura tentou emplacar na Câmara um projeto que, entre outros pontos, autorizava esse acúmulo salarial. Ele foi protocolado, e um pedido de urgência foi votado e rejeitado. Caso a condição fosse aprovada, a matéria teria o trâmite acelerado até a chegada ao plenário.

Depois, a própria proposta foi retirada de pauta, pelo menos até outubro. Recentemente, o Controlador-Geral do Município, Guilherme Arruda, em entrevista coletiva, discordou da recomendação do MP, afirmando que não havia ilegalidade na medida.