TERCA, 19/04/2022, 16:06

Após reunião para discutir buracos espalhados pela cidade, prefeitura diz que pode entrar na Justiça e até pedir rompimento de contrato com a Sanepar

Município deu um prazo para que a companhia normalize serviço, que voltou a ficar comprometido após impasse envolvendo os “quarteirizados” da empresa.

A Prefeitura de Londrina realizou uma reunião na segunda-feira (18) à tarde para, novamente, discutir o impasse relacionado aos buracos da Sanepar que continuam espalhados pelos quatro cantos da cidade. De acordo com levantamento feito pelo vereador Emanoel Gomes, que também participou do encontro, são quase 200 crateras abertas há mais de 45 dias no município. O problema, que vem sendo registrado desde novembro do ano passado, voltou a ficar em evidência na última semana, depois que empreiteiros contratados pela terceirizada da Sanepar cruzaram os braços alegando falta de pagamentos. Com a paralisação dos serviços por parte dos “quarteirizados”, os buracos voltaram a se acumular.

Eles chegaram a realizar um protesto em frente à sede da terceirizada, na PR-445, no final da semana passada, mas a manifestação teve que ser suspensa após ordem judicial. Apesar disso, os empreiteiros ainda não teriam sido pagos. A dívida da terceirizada com eles chega aos R$ 300 mil.

Na segunda-feira, participaram da reunião secretários municipais, vereadores e representantes da Sanepar. Em nota emitida após o encontro, a companhia de saneamento informou que tem prestado contas constantemente à Prefeitura de Londrina sobre os serviços de manutenção de redes. Já em relação aos serviços pendentes, segundo a Sanepar, “estão sendo tomadas as medidas necessárias para agilizar e resolver”.

Na reunião, a prefeitura deu um prazo de duas semanas para que a empresa normalize o serviço. Pelo contrato firmado com o município, a companhia de saneamento teria, no máximo, três dias úteis para tapar os buracos abertos para o reparo de vazamentos e tubulações, o que estaria passando longe de ocorrer.

À CBN, o secretário municipal de Planejamento, Marcelo Canhada, lembrou que o problema já é antigo, e garantiu que a prefeitura estuda a possibilidade de entrar na Justiça contra a Sanepar pedindo o rompimento do contrato. Ele também disse que a companhia, notificada 50 vezes pela prefeitura nos últimos dias, pode ser multada caso os problemas persistam. Vale lembrar que o secretário já tinha prometido punir a companhia pelos mesmos problemas no início deste ano, mas, até o momento, nenhuma autuação teria sido emitida.

Por Guilherme Batista

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