QUINTA, 13/04/2023, 17:52

Aprovado projeto que proíbe que animais sejam mantidos acorrentados em Londrina

Vereador autor da proposta fez apelo para que prefeitura regulamente fiscalização após sanção do projeto, que prevê multa de até R$ 10 mil para quem descumprir a norma.

Foi aprovado, em segundo turno, durante a sessão desta quinta-feira (13) da Câmara Municipal de Londrina, o projeto de lei que visa proibir que os animais fiquem presos em correntes ou acessórios semelhantes nos quintais das casas e nos pátios das empresas em Londrina. A proposta foi apresentada pelos vereadores Deivid Wisley, do PROS, e Daniele Ziober, do PP, que atuam como protetores na cidade e, diariamente, se deparam com denúncias sobre cachorros que ficam presos a correntes curtas durante todo o dia. Na avaliação deles, a prática configura maus-tratos.

Em caso de descumprimento, segundo a proposta, será aplicada multa. Para estabelecimentos comerciais, o valor pode variar de R$ 1 mil a R$ 10 mil. Em caso de pessoa física, a multa pode ir de R$ 1 mil a R$ 5 mil. A proibição não será aplicada nas seguintes hipóteses: quando os animais estiverem em circulação com o tutor portando corrente, guia ou similar; e no caso de animais acorrentados pontualmente para limpeza de calçada ou outras atividades temporárias, pelo tempo necessário à execução do serviço ou da atividade.

O vereador Deivid Wisley fez um apelo para que a prefeitura faça a devida regulamentação do projeto, destacando que muitas leis têm sido aprovadas na Câmara e ficado engavetadas na prefeitura.

Antes da discussão em plenário, o projeto foi analisado por diversos órgãos, como a Comissão de Defesa dos Animais da OAB Londrina, que sugeriu que a proibição fosse inserida numa lei já existente, que estabelece sanções e penalidades administrativas para aqueles que praticarem maus-tratos aos animais. Apesar da sugestão, o projeto foi aprovado de forma separada e, agora, segue para sanção ou veto do prefeito Marcelo Belinati. A outra autora da proposta, vereadora Daniele Ziober, disse que a aceitação da medida reforça a importância da causa animal entre os trabalhos executados pela Câmara de Vereadores.

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