Aulas em todas as escolas de Londrina continuam suspensas até 31 de maio
Secretária Municipal de Educação defende decisão e prega cautela. Já o sindicato das escolas particulares quer o retorno das atividades, nem que seja em esquema de rodízio, e diz que está preparado para a volta às aulas.
Com a publicação do decreto municipal, as aulas em todas as escolas de Londrina continuam suspensas, sejam elas públicas, filantrópicas conveniadas ou particulares. As atividades só devem ser retomadas no dia 1º de junho. Pelo decreto, as aulas também continuam suspensas nas universidades e faculdades da cidade.
A secretária municipal de Educação, Maria Tereza Paschoal, defende a decisão tomada pelo prefeito, prega cautela e cita dados oficiais sobre a suspensão das atividades de ensino em todo o mundo, com quase 1,5 bilhão de estudantes sem aulas.
Maria Thereza Paschoal se diz mais tranquila com a decisão e afirma que num momento em que ainda se discute o retorno das atividades do comércio, não se poderia retomar as aulas para 200 mil estudantes, entre escolas públicas, privadas, creches e universidades.
Já o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Norte do Paraná, o Sinepe, continua defendendo a volta às aulas, suspensas pela Prefeitura no dia 23 de março. O diretor do sindicato, Alderi Ferraresi, diz que a entidade entende a decisão da Prefeitura e a preocupação de alguns pais e responsáveis com a saúde dos filhos, mas afirma que as escolas se preparam para o retorno, nem que seja de forma escalonada, com algumas séries iniciais voltando primeiro ou por um sistema de rodízio, com menos alunos do que o habitual nas escolas a cada turno.
Ferraresi cita a dificuldade de alguns pais e responsáveis em manter os filhos em casa e ainda uma cartilha desenvolvida pelo sindicato, que foi entregue à Prefeitura, com uma série de protocolos de segurança para a retomada das atividades.
O diretor do Sinepe diz que o sindicato vai solicitar uma reunião com o prefeito para tentar uma alternativa. Sobre a possibilidade de aulas remotas, Ferraresi diz que a alternativa funciona para estudantes de séries mais avançadas, mas se torna uma tarefa complicada quando se trata de alunos da educação infantil.
Em alguns estabelecimentos particulares, segundo Sinepe, a taxa de cancelamento de matrículas chega a 10% e a inadimplência gira em torno de 80%.