SEGUNDA, 05/06/2017, 19:19

Aumenta o número de imóveis que vão para leilão em Londrina

A principal motivação é a mudança na lei, que deixou mais rápida a análise dos casos de inadimplência.

O Sindicato de Habitação e Condomínios de Londrina (Secovi) não tem números que comprovem, mas percebeu um aumento na quantidade de imóveis que foram a leilão na cidade neste ano. Segundo a assessora jurídica Adiloar Franco Zemuner isso não significa que mais pessoas deixaram de pagar as cotas do condomínio. Ela acredita que esse acréscimo tem relação com o novo Código Civil (em vigor há um ano), que tornou mais dura a cobrança daqueles que estão inadimplentes. 

De acordo com a advogada, o síndico pode acionar o morador quando ele ainda tem uma parcela em haver. Mas, para evitar problemas, na maioria dos casos, os administradores dão um prazo maior de negociação. Se o devedor não acertar as contas com o condomínio, a justiça pode determinar a penhora do imóvel.

Ainda de acordo com o Secovi, a maioria dos imóveis que vai para leilão é de padrão médio, ou seja, que custam entre R$ 100 mil a R$ 500 mil.

Uma leiloeira da cidade, responsável pelos leilões determinados por oitos das 10 varas criminais de Londrina também percebeu o aumento. Segundo levantamento feito pela empresa, a quantidade de imóveis aumentou 70% do começo do ano pra cá. Até o ano passado, a média mensal era de dois apartamentos para negociação, por exemplo. Agora, esse número chega a passar de oito ou nove. O recente caso que chamou a atenção da cidade foi o do apartamento do ex-prefeito Antonio Belinati, que fica no Edifício Costa do Marfim, na rua Belo Horizonte. Com 322 m² de área privativa, o imóvel vai ser leiloado no dia 13 de julho com lance inicial de R$ 547 mil reais. O apartamento foi avaliado em R$ 912 mil. O valor da dívida de condomínio chega a R$ 95 mil.

Por Claudia Lima

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