Os usuários do chamado transporte metropolitano, que engloba as linhas que atendem as cidades da região metropolitana de Londrina, começaram o mês de dezembro pagando mais caro pela passagem. As duas empresas que operam as linhas reajustaram os valores em 2,58% após autorização da Agepar, a Agência Reguladora do Paraná. O aumento está previsto em contrato, que permite que as empresas responsáveis pelo serviço subam os valores da tarifa uma vez ao ano.

Para as linhas que atendem Cambé e Ibiporã, por exemplo, o reajuste foi de dez centavos, e fez o valor da passagem subir de R$ 4,05 para R$ 4,15. Para Rolândia, aumento também de dez centavos, com a tarifa indo de R$ 4,30 para R$ 4,40. Já para Bela Vista do Paraíso, houve reajuste de quinze centavos, e a passagem subiu de R$ 6,15 para R$ 6,30. Agora, para os usuários de Sertanópolis, Assaí e São Sebastião da Amoreira, o valor da passagem subiu vinte centavos. No caso da primeira cidade, a tarifa foi de R$ 6,30 para R$ 6,50, e em relação às outras duas, o valor aumentou de R$ 6,40 para R$ 6,60. Vale lembrar que, em todos os casos, as linhas ligam as cidades citadas a Londrina.

Para os passageiros, o valor praticado não condiz com a qualidade do serviço prestado pelas empresas. A zeladora Eunice Coutinho, por exemplo, mora em Ibiporã e precisa vir todos os dias a Londrina para trabalhar. Ela conta que os ônibus estão sempre lotados, e que precisa esperar pelo menos uma hora pelos veículos.

A dona de casa Adelaide Miranda foi outra que reclamou muito do serviço prestado.

A costureira Geralda Rodrigues Daniel conta que a piora veio trazida pela pandemia de coronavírus, que, conforme ela, fez com que as empresas diminuíssem o número das linhas. Ela também criticou bastante a falta de limpeza dos veículos.

Em nota, as empresas informaram que o reajuste foi praticado para absorver parte das perdas acumuladas por conta da inflação ao longo do ano, e que têm trabalhado para melhorar a qualidade do serviço e, principalmente, manter em dia a higienização dos ônibus.