QUINTA, 18/08/2022, 18:59

Autódromo Internacional Ayrton Senna completa 30 anos e sofre com desgaste e defasagem das estruturas

Apesar dos problemas, um dos principais personagens da história do circuito diz que ele é viável e precisaria de poucos investimentos para voltar a receber as principais categorias do automobilismo.  

Uma história de quase três décadas e de muitos personagens apaixonados por automobilismo. Inaugurado como Autódromo Internacional de Londrina em 21 de agosto de 1992, o sonho dos pilotos da cidade começou a sair do papel oito anos antes, com a construção de uma pequena pista oval de menos de uma milha de extensão, 15 metros de largura e duas grandes curvas, onde os carros atingiam velocidades médias de quase 170 quilômetros.

E um dos principais personagens dessa história de trinta anos foi o piloto Beto Monteiro. Responsável pela construção do oval e pelo projeto do autódromo com um grupo de amigos, também amantes da velocidade, eles partiram para luta e acabaram convencendo as autoridades locais de que o automobilismo londrinense merecia um espaço próprio. O terreno foi escolhido e, em 1989, as obras começaram.

Nascido em Cambé, Beto Monteiro foi um aficcionado pelo automobilismo desde pequeno. Campeão brasileiro de Kart e piloto da Stock-Car, ele faleceu em 2014 aos 68 anos. Inaugurado em 1992, o circuito só mudou de nome e passou a se chamar Autódromo Internacional Ayrton Senna dois anos depois, com a morte do ídolo brasileiro das pistas.

O piloto paulista Adalberto Jardim, de 58 anos, é outro personagem dessa história de três décadas. E ele diz que são muitas e boas lembranças, do que ele chama de sua segunda casa. A principal delas, a vitória na primeira corrida do autódromo, dois dias depois de sua inaguração, em 21 de agosto de 1992.

Adalberto Jardim conta que na época da inauguração, o circuito tinha instalações fantásticas, dignas dos melhores autódromos.

Ele diz que depois de três décadas a estrutura ficou defasada e desgastada, principalmente os boxes, e que em função disso as categorias mais importantes do automobilismo não vêm programando corridas para o autódromo.

Em dezembro do ano passado, a Prefeitura lançou um programa de Concessões e Parcerias para tentar encontrar uma solução de longo prazo para o autódromo. O Município publicou um edital de Sondagem de Mercado para saber que investimentos são necessários para o espaço voltar a atrair mais eventos e qual seria o modelo de concessão mais adequado. 

A reportagem da CBN Londrina procurou a Prefeitura para ter mais informações sobre o processo, mas o secretário Municipal de Gestão Pública, Fábio Cavazotti, preferiu, por enquanto, não gravar entrevista. Ele disse que a sondagem recebeu uma série de propostas e sugestões do mercado, está em fase final e deve ser concluído em até 20 dias.

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