TERCA, 09/08/2022, 11:39

Camelódromo de Londrina é alvo de operação da Polícia Federal e Receita.

Operação Modo Avião tem como objetivo desarticular atividades de lavagem de dinheiro e comércio irregular de eletrônicos.  A estimativa é que mais de R$ 400 milhões em impostos foram sonegados pelo grupo criminoso. 

A Polícia Federal e a Receita Federal, realizaram na manhã desta terça-feira (9), uma operação conjunta com o objetivo de desarticular uma organização criminosa dedicada a atividades de lavagem de dinheiro e introdução ilegal de produtos eletrônicos no mercado brasileiro, sem pagamento de impostos. O grupo teria movimentado mais de R$ 1,8 bilhão nos últimos 18 meses com os crimes de contrabando e descaminho. 

Dois mandados de prisão foram expedidos, pela 14ª Vara Federal de Curitiba, mas até agora apenas um dos líderes foi preso em Londrina e o segundo permanece foragido. 

O principal alvo da Operação foi o Camelódromo, um comercio popular de produtos importados do Paraguai localizado no centro da cidade. No complexo, 13 das 360 lojas foram alvos da operação que recolheu produtos eletrônicos, a maioria celulares de alto valor e lacrou as lojas, como explica o delegado da PF, Vinicius Faria Zangirolani. 

O grupo criminoso liderava todo o esquema por Londrina e utilizava de “laranjas”, como contadores  de São Paulo e “empresas de fachada”, para a ocultação dos lucros obtidos a partir da comercialização desses eletrônicos.

As investigações tiveram como base informações de altas movimentações financeiras encaminhadas pelo COAF,  órgão federal que faz o controle de fluxos financeiros. A estima da receita é que mais de R$ 400 milhões de reais foram sonegados em todas as ramificações do grupo, como informa o delegado da Receita Federal, Reginaldo Cezar Cardoso. 

Só nesta terça foram apreendidos do mais de R$ 2,5 milhões em produtos eletrônicos no camelódromo de Londrina. Além disso, foram recolhidos objetos e carros de luxo nas residências dos 17 investigados pela Operação Modo Avião. Participaram da operação Modo Avião pela Receita Federal, em torno de 70 auditores-fiscais e mais de 200 policiais federais.  

Por Guilherme Marconi

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