TERCA, 02/03/2021, 15:51

Caminhoneiros e motoristas de aplicativo fecham a PR-445, em Londrina, em protesto contra novo aumento no valor do combustível

 Veículos foram obrigados a trafegar na contramão para desviar de bloqueio. Sindicato esclarece que manifestação foi isolada e não representa posição oficial da categoria.

Um grupo de caminhoneiros e motoristas de aplicativo realiza, desde o final da manhã desta terça-feira (2), uma grande manifestação na PR-445, na saída de Londrina para Curitiba, em protesto contra o novo aumento no valor da gasolina, em 4,8%, e do óleo diesel, em 5%, já repassado pela Petrobras às refinarias. Este é o quinto reajuste praticado pela empresa desde o início do ano. Os manifestantes se concentraram no acostamento da rodovia, nas proximidades do posto Formigão, preparados para convencer mais motoristas a participarem do ato. A fila de caminhões foi ganhando corpo rapidamente e logo se tornou quilométrica. No início da tarde, parte do grupo fez um bloqueio na pista, o que obrigou condutores de outros veículos a trafegarem na contramão para evitar o trecho interditado. A manifestação é acompanhada de perto pela Polícia Rodoviária Estadual, que, até então, não registrou nenhuma confusão no local. Também foram registrados pontos de bloqueio no entroncamento da 445 com a BR-369, e no posto Cupinzão, também na rodovia estadual.

 

O caminhoneiro Lourival Santos, que ajudou a organizar o protesto, disse que a categoria não aguenta mais tanto aumento. Ele pediu para que o Governo Federal interfira na política de preços da Petrobras, que justificou o novo reajuste alegando que é preciso definir os valores levando em conta o mercado internacional e a taxa de câmbio.


 

O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros de Londrina e Região, Carlos Dela Rosa, adiantou que a entidade não está por trás dos protestos. Ele afirmou entender a insatisfação dos motoristas, mas disse que trata-se de uma ação isolada, que não representa a posição oficial da categoria.

 

Apesar disso, o sindicalista garantiu que, se não houver nenhuma resposta do governo às reivindicações dos caminhoneiros, já há a possibilidade da realização de uma greve geral semelhante à colocada em prática pela categoria em 2018.

 

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