QUINTA, 30/03/2023, 16:05

Chefe do Núcleo Regional de Educação em Londrina pede ajuda dos pais para conscientização dos adolescentes em relação à violência nas escolas

Ataque de aluno registrado em São Paulo, que terminou com uma professora morta, e ameaça de estudante armado em colégio de Arapongas reacenderam o alerta na comunidade escolar.

O Núcleo Regional de Educação em Londrina está preocupado com os casos de violência que, com cada vez mais frequência, estão sendo registrados em ambiente escolar. Nesta semana, o Brasil ficou em choque com o ataque de um aluno de apenas 13 anos em um colégio em São Paulo. O adolescente entrou na unidade armado com uma faca e feriu colegas e professoras. Uma das docentes, inclusive, acabou morrendo. Dias depois, na quarta-feira (29) de manhã, em Arapongas, na região metropolitana de Londrina, um estudante de 16 anos usou uma arma para ameaçar o colega, de apenas 14, dentro de um colégio estadual. Tudo aconteceu na sala das pedagogas, para onde os alunos foram encaminhados depois de uma discussão em sala de aula envolvendo um jogo de baralho. Por sorte, as funcionárias conseguiram acalmar o adolescente, que fugiu da escola sem efetuar disparos. O jovem foi apreendido pela Polícia Militar (PM). A arma não foi encontrada.

Em entrevista à CBN nesta quinta-feira (30), a chefe do Núcleo Regional de Educação em Londrina, Jéssica Pieri, destacou a importância de os pais estarem atentos à rotina dos filhos, seja ela em casa, no ambiente escolar e, principalmente, nas redes sociais. Muitas vezes, conforme ela, o adolescente começa a se comportar de forma diferente antes de cometer o ato de violência. O diálogo aberto no ambiente familiar, de acordo com a professora, é essencial para que os problemas sejam discutidos, o que, consequentemente, pode fazer com que situações mais graves não sejam registradas.

Jéssica defendeu que os pais monitorem o dia a dia dos filhos e que, caso seja necessário, vejam o que eles podem estar escondendo nos bolsos e nas mochilas. Uma medida extrema e até considerada invasiva, mas que, na avaliação da professora, se faz necessária num momento em que os casos de violência nas escolas voltaram a ficar em evidência.

Por Guilherme Batista

Comentários