TERCA, 04/05/2021, 19:00

Cirurgia robótica garante mais segurança para pacientes e maior precisão para médicos

Com cerca de dois anos de funcionamento em Londrina, tecnologia já foi utilizada em mais de 100 operações.

No último mês, o Hospital do Coração realizou a primeira cirurgia torácica do interior do Paraná utilizando um robô para auxiliar no procedimento. O recurso possibilita que os médicos tenham mais controle da intervenção garante um tratamento menos invasivo ao paciente. Com aplicação da novidade, por exemplo, o beneficiário, de 62 anos, não precisou ter o osso do peito cortado durante a operação e, agora, se recupera bem.

A cirurgia robótica já é realizada em Londrina há cerca de dois anos, especialmente em operações urológicas. Ricardo Brandina, coordenador do programa de cirurgia robótica do Hospital do Coração, aponta que uma das vantagens do sistema é a precisão, tanto para visualizar o procedimento como também para as atividades do cirurgião. Ele explica que o robô não opera sozinho, mas reproduz os movimentos do médico, filtrando possíveis tremores que poderiam comprometer a intervenção.

O doutor considera que a plataforma robótica apresenta um grande potencial para ampliar a atuação em outras especialidades, assim como possibilitar que a tecnologia seja acessível a mais pacientes. Brandina destaca que a recuperação dos operados com o auxílio do equipamento é melhor do que aqueles que são submetidos a cirurgias tradicionais, com menos dores e um retorno mais rápido às atividades do cotidiano.

Ele explica que o Brasil ainda não tem a quantidade suficiente de profissionais qualificados para atender a demanda nacional. Brandina afirma que têm se estudado alternativas para que mais médicos sejam capacitados, já que, por enquanto, a maneira mais comum de se especializar em cirurgia robótica é fazer um intercâmbio para passar por um treinamento de imersão.

Mas, o coordenador explica que uma série de medidas vão possibilitar que os clínicos se qualifiquem sem ter que sair do país. Para isso, eles terão que realizar provas, acompanhar e auxiliar operações, além de praticarem por meio de um simulador de cirurgias.

Ricardo Brandina explica que em Londrina este processo de especialização já tem sido desenvolvido. Cerca de 6 urologistas da cidade já foram certificados e ele considera que esse número tende a aumentar exponencialmente no futuro.

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