SEGUNDA, 16/05/2022, 10:00

Cohab aponta que Londrina tem cerca de quatro mil famílias morando em áreas irregulares

A estimativa é que das 70 áreas ocupadas, 14 possam passar pelo processo de regularização fundiária

Basta percorrer alguns bairros mais afastados do centro de Londrina para perceber que muitas famílias ainda não possuem uma moradia adequada. Conforme um balanço da Cohab, são cerca de quatro mil famílias que hoje ocupam 70 áreas de forma irregular, sem acesso aos serviços básicos, como energia elétrica e saneamento. Destas 70 áreas, 14 se enquadram nos parâmetros previstos na Lei Federal que trata da regularização fundiária. Já as outras 56 áreas não podem passar por este processo porque são enquadradas como Áreas de Preservação Permanente, APP, são fundos de vale ou, ainda, terrenos particulares.  

Em entrevista à Rádio CBN Londrina durante um mutirão para agilizar a documentação de moradores do Jardim Santa Fé, o diretor administrativo da Cohab, Edmilson Pinheiro, afirmou que o objetivo desta gestão é regularizar mais de dois mil imóveis. No entanto, este é um processo que geralmente encontra algumas barreiras.

Para facilitar a regularização junto às famílias, a Cohab Londrina tem realizado mutirões de atendimento. O mais recente foi na manhã deste sábado, no Jardim Santa Fé, na Zona Leste de Londrina. O bairro conta com 364 imóveis e ao menos 80 famílias ainda possuíam algumas pendências na documentação.

No entanto, o diretor lembrou que outras localidades também vêm sendo contempladas uma vez que se enquadram na legislação.

No entanto, a regularização fundiária é apenas uma frente de trabalho, uma vez que existem terrenos que pertencem à Cohab e estão sendo colocados à disposição. Na manhã desta segunda-feira, a Prefeitura de Londrina anunciou que três lotes do Residencial Jequitibá, na zona Norte da cidade podem ser adquiridos através de um financiamento. Os imóveis vão ser destinados a famílias com renda mensal de até três salários mínimos, e já contam com a infraestrutura básica. Os futuros proprietários terão um ano de carência para começar a pagar pelo financiamento do lote, com parcelas estimadas em R$ 180 a R$ 210 por mês. O prazo para o pagamento poderá ser de até 360 meses.

Se de um lado a facilitação do processo de obtenção da casa própria traz dignidade para as famílias, do outro também movimenta a economia local.

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