Coleta seletiva de Londrina vai ter mudanças, afirma vereador
Segundo Amauri Cardoso, modelo atual não está funcionando e sofre, principalmente, com a concorrência de um batalhão de catadores informais.
O tema vem preocupando a Comissão de Administração da Câmara já há um bom tempo. Para discutir o assunto, os vereadores realizaram reuniões com representantes de algumas cooperativas de reciclagem e com a prefeitura. Na última delas, a diretoria da CooperMudança foi convidada para discutir a questão.
A Comissão é composta pelos vereadores José Roque Neto, do PL, Vilson Bittencourt, do PSB, e Amauri Cardoso, do PSDB.
Cardoso diz que as cooperativas vêm passando por uma série de dificuldades financeiras, fruto da concorrência de um batalhão de catadores informais, que têm coletado diariamente boa parte do material reciclável. Diante dos relatos dos representantes das cooperativas, os membros da Comissão defendem uma mudança geral no atual modelo de coleta seletiva da cidade, que, segundo o vereador, já foi referência para outras cidades do país e de fora.
O vereador avalia que o problema é muito grave. A ineficiência do sistema aparece também em um levantamento feito pela UEL que aponta que pelo menos 21% do material que poderia ser reciclado está indo direto para a Central de Tratamento de Resíduos Sólidos.
Segundo o vereador, a cidade tem hoje sete cooperativas, que além das dificuldades financeiras enfrentam também ações trabalhistas de ex-cooperados.
Amauri Cardoso diz ainda que em uma reunião realizada com representantes da SEMA e da CMTU, foram anunciadas mudanças para o sistema já nos próximos dias.
De acordo com a pesquisa feita pela UEL, outro problema é que quase 70% dos londrinenses afirmaram não ter informações suficientes sobre como fazer a destinação correta dos materiais.