SEGUNDA, 09/09/2019, 18:01

Com volume de dados e informações gigantesco, Gaeco ganha mais tempo para concluir Operação Sicário

Promotor diz que investigação está avançando e que prisão de integrantes do comando paranaense deve contribuir para enfraquecer organização criminosa aqui no estado.

Com a prorrogação autorizada pelo juiz Juliano Nanuncio, a operação deflagrada em 31 de julho pela PM e Gaeco, ganhou outros 30 dias para encerrar as investigações. Com 96 presos e mais de 100 mandados de busca e apreensão cumpridos em 26 cidades do Paraná e de um município de São Paulo, a Operação Sicário, segundo o Ministério Público, se tornou uma das maiores da história do estado. Com uma grande quantidade de material apreendido, os promotores correm contra o tempo para conseguir analisar documentos, celulares e outros objetos.   

Todos os presos são suspeitos de pertencer a uma facção responsável por crimes como tráfico de drogas, associação para o tráfico, sequestro, cárcere privado e homicídios, entre outros crimes. As ordens judiciais foram expedidas pela 3ª Vara Criminal de Londrina. O promotor Leandro Antunes, do Gaeco explica que a investigação está exigindo dele e dos colegas trabalho redobrado.

A maioria dos mandados foi cumprida em residências, mas, segundo o promotor, também houve dezenas de prisões em penitenciárias e delegacias de todo o estado. Aqui na região, 24 mandados foram cumpridos no sistema prisional, sendo três deles na Casa de Custódia de Londrina, doze na PEL 1, oito na PEL 2 e um no Creslon. Além de outros sete em delegacias: três em Bela Vista do Paraíso, dois em Londrina e dois em Ibiporã.

Leandro Antunes diz que, apesar da quantidade de informações, o trabalho vem avançando rápido e deve resultar em uma série de denúncias.

Na avaliação do promotor, a operação contribuiu para enfraquecer a atuação da organização criminosa aqui no estado. Antunes destaca a prisão de integrantes do comando estadual da facção.

Todas as ordens judiciais foram expedidas pela 3ª Vara Criminal de Londrina. De acordo com o promotor, a facção tem um modelo de funcionamento mais organizado que muitas empresas, com setores específicos para cuidar das finanças e até dos recursos humanos do grupo. Segundo Leandro Antunes, o Ministério Público não deve pedir mais nenhuma prorrogação de prazo ao juiz responsável pelo caso.

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