O comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar (PM), tenente-coronel Nelson Villa, confirmou, nesta quinta-feira (1º), que a PM já trata as últimas mortes violentas registradas na cidade como sendo resultado de uma "guerra urbana" entre facções criminosas que comandam o tráfico de drogas principalmente na zona sul da cidade. O estopim da disputa teria sido um assassinato registrado já há alguns meses na região de Curitiba. O suposto responsável por esse homicídio teria se mudado para Maringá após ameaças e sido morto, com tiros de fuzil, no início desta semana. Os responsáveis pela execução teriam vindo para Londrina após cometerem o crime e acabaram presos por policiais do Choque na noite de terça-feira (30). Na ocasião, os policiais também apreenderam o fuzil utilizado no assassinato em Maringá e outras armas que teriam sido usadas pelo bando para a prática de outros homicídios nas três maiores cidades do estado. E o banho de sangue teve continuidade nesta quinta-feira (1º), com a execução, também com tiros de fuzil, de um homem dentro de um carro no conjunto União da Vitória, na zona sul, e com a tentativa de homicídio de um adolescente de apenas 14 anos, que levou um tiro de calibre 12 na barriga no jardim Franciscato, na mesma região. O jovem conseguiu sobreviver e poderá ajudar a polícia a identificar e prender os responsáveis.

Villa garantiu que a PM já reforçou o patrulhamento na região onde os crimes foram registrados, e que o setor de inteligência da polícia já acompanha o caso.

Já em relação ao crime do Franciscato, o comandante da PM disse que, possivelmente, a tentativa de homicídio cometida contra o adolescente tem relação com o tráfico de drogas. Ele também garantiu que a Rotam e o Choque vão realizar um cerco na região na tentativa de encontrar e prender os atiradores.

O assassinato registrado no conjunto União da Vitória já é investigado pela Polícia Civil. A delegada interina de Homicídios, Lívia Pini, disse que o homem morto dentro do carro tinha passagens pela polícia e que ele foi assassinado com mais de 20 tiros de fuzil. O uso do armamento longo, na avaliação dela, reafirma o envolvimento do crime organizado na execução.