A Associação dos Permissionários do Mercadão Shangri-lá está preocupada com a possibilidade de o espaço fechar as portas em breve. Considerado um dos mercados municipais mais tradicionais do estado, o local, que tem 50 anos de existência, fica instalado em um prédio público que pode ser vendido pela prefeitura. O projeto que destina o espaço para a Cohab e ainda autoriza o órgão a comercializá-lo foi alvo de polêmica na Câmara de Vereadores na última quinta-feira. Depois de muitos questionamentos, o líder do Executivo, vereador Jairo Tamura, do PL, inclusive, resolveu retirar a matéria de pauta para que a discussão seja aprofundada.

Em entrevista à CBN, o presidente da Associação dos Permissionários, Antonio Tomio Furuta, dono de uma das lojas mais conhecidas do espaço, disse que os comerciantes querem que a prefeitura desista da ideia de alienar as instalações, ou garanta que os possíveis compradores mantenham as mesmas características do local. Furuta, que trabalha no mercadão desde a sua fundação, lembra que o local só é o que é hoje por conta da dedicação de todos os comerciantes que passaram por lá. Ele destaca, ainda, que o local emprega direta ou indiretamente mais de 300 pessoas, e que o possível fechamento poderia ocasionar prejuízos irreparáveis a muitas famílias.

O projeto que autoriza a venda do mercadão Shangri-lá e também do São Luiz e do Guanabara deve voltar a ser discutido pela Câmara na sessão desta terça-feira. A proposta virá acompanhada de pelo menos dois requerimentos. Um deles, de autoria do vereador Mário Takahashi, do PV, pede para que o projeto seja discutido em audiência pública antes de ir para votação. O outro, do vereador Amauri Cardoso, do PSDB, sugere que o local seja destinado à Caapsml.