Comissão de Justiça derruba emenda que previa garantia dos direitos dos funcionários da Sercomtel
As duas propostas encaminhadas pela prefeitura foram aprovadas
A Câmara de Vereadores vota na sessão desta quinta-feira o projeto de lei que autoriza a desestatização da Sercomtel Telecomunicações. Em reunião extraordinária realizada na tarde de quarta-feira, a Comissão de Constituição e Justiça aprovou duas das três emendas ao projeto, justamente as que foram encaminhadas pela prefeitura. A negativa ficou para a proposta do vereador Valdir dos Metalúrgicos, que previa a garantia dos direitos adquiridos aos funcionários.
O vereador Eduardo Tominaga, relator da Comissão, voltou a reforçar o risco da caducidade da companhia telefônica como argumento para que a venda das ações da prefeitura seja aprovada pela Câmara.
O líder do prefeito na Câmara, vereador Jairo Tamura, afirmou que a discussão sobre a garantia dos empregos dos funcionários da Sercomtel caberá à justiça trabalhista, e não à Câmara.
Quando perguntado sobre o clima entre os vereadores, Tamura disse esperar um debate quente entre os parlamentares.
O agente de Recursos Humanos da Sercomtel, Jefferson Belasque, lamentou a decisão da comissão em vetar a emenda, evitando que a discussão sobre a garantia dos direitos dos trabalhadores fosse analisada por todos os vereadores.
Uma das emendas aprovadas trata da proibição de mudança no nome da Sercomtel e evita também que a empresa mude de Londrina. Questionado se a iniciativa teria alguma validade para a empresa compradora, Eduardo Tominaga valorizou a tentativa.
A outra emenda aprovada sofreu alterações para que as empresas Sercomtel Iluminação e Contact Center permaneçam com o município. Para isso, será necessário um aporte financeiro por parte da prefeitura, o que exigirá a apresentação de um novo projeto de lei. Tominaga comentou também o fato dos acionistas não terem apresentado até agora de forma concreta quanto valeria a Sercomtel, já que na avaliação feita pela empresa Ceres Inteligência Financeira, contratada pela Copel, há uma cláusula de confidencialidade que proíbe a divulgação dos números.