Quase metade das crianças brasileiras, de acordo com uma pesquisa da Kaspersky, gigante mundial da área de softwares de segurança, usam a internet, pela primeira vez, antes dos seis anos. E a idade média para ganhar o primeiro celular, tablete ou computador gira em torno de 8,5 anos. Apesar da rapidez com que aprendem e da facilidade em manusear os equipamentos, nem sempre eles estão preparados para algumas situações e armadilhas da Internet.

Os especialistas dizem que acompanhar e orientar os filhos, antes mesmo de começar a navegar pela rede, é fundamental. E um dos principais pontos, eles alertam, é o risco da exposição a situações de violência sexual. Um dos primeiros passos, e que vale para a vida como um todo, é ser alguém com quem a criança ou adolescente possa conversar.

É preciso incentivá-los a pedir ajuda quando se sentirem desprotegidos, manter canais de comunicação abertos e não ter receio de falar sobre o assunto com eles, afirma a pedagoga Cecília Landarin Heleno, responsável pela Campanha Defenda-se, do Centro Marista de Defesa da Infância e da Juventude.

Criada em 2014, a campanha Defenda-se já produziu mais de uma dezena de animações para crianças de 4 a 12 anos. Em 2022, explica Cecília Landarin, o tema escolhido para o 14º vídeo da série foi Autodefesa e Segurança Online.

Outra orientação importante é sobre a publicação de imagens e informações, diz a especialista. Nesse caso, as crianças precisam de ainda mais atenção. Alerte sobre os riscos de compartilhar fotos e vídeos, mesmo com pessoas conhecidas, principalmente quando houver a promessa de algo em troca, como um presente.

Nos vídeos, personagens infantis protagonizam atitudes preventivas diante de situações de risco na internet. E assistir as animações junto com as crianças pode ser uma boa maneira de iniciar uma conversa leve sobre o assunto.

A campanha Defenda-se tem como base o Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual de Crianças e Adolescentes.