QUINTA, 03/12/2020, 18:27

Compras de Natal devem injetar quase R$ 230 milhões na economia de Londrina

Apesar da crise, volume é maior que o do ano passado. E presidente da ACIL diz que momento é de apreensão com números da Covid-19 e pede respeito às regras para evitar novo fechamento.

A compra dos presentes de Natal deve injetar aproximadamente R$ 229 milhões na economia de Londrina agora em 2020. Um valor quase 24% maior que o da mesma data do ano passado, quando foram R$ 185 milhões. O número faz parte de uma pesquisa encomendada pela ACIL, que ouviu 304 consumidores de todas as regiões da cidade entre os dias 26 de novembro e a última quarta-feira, 2 de dezembro.

Ainda de acordo com a pesquisa, 75% dos londrinenses vão às compras neste Natal e deste percentual, quase 9% já aproveitou a Black Friday e não vai comprar mais presentes. Quase 25% dos entrevistados responderam ainda que não vão fazer compras neste Natal e praticamente metade deles afirmou que o motivo é a situação financeira.

O presidente da ACIL, Fernando Moraes, comemorou os números da pesquisa e avalia que eles confirmam a retomada gradual da economia e que esse movimento se deve, em parte, ao auxílio emergencial, ao saldo positivo de empregos dos últimos meses e até a uma certa poupança de parte dos consumidores.

E a pesquisa definitivamente passou a fazer parte da rotina do consumidor londrinense. Quase 90% dos ouvidos disseram que vão buscar os melhores preços. Chama a atenção ainda na pesquisa onde os consumidores vão comprar. A maioria ainda prefere a loja, mais de 83%, contra 44% em sites, aplicativos ou redes sociais.

Entre os setores que devem faturar mais neste Natal, aponta Fernando Moraes, o de roupas, com mais de 80% da preferência, e o de calçados, com quase 60%, os dois entre os mais prejudicados durante a pandemia, explica o presidente da ACIL.

A pesquisa da ACIL mostrou ainda que cada consumidor deve comprar cinco presentes e gastar com eles R$ 690, em média. Sobre a abertura do comércio em horário estendido, 73% afirmaram que o funcionamento durante a semana, à noite, e no sábado à tarde ajudam nas compras.

A pesquisa também perguntou sobre os protocolos sanitários. Pouco mais de 76% respondeu que sempre cumpre, 15% disse que cumpre, mas às vezes esquece, e 6,6% disse que cumprem apenas em situações específicas. E o mais preocupante, o quase 2% revelaram que não seguem as regras.

Perguntado sobre o toque de recolher decretado pelo Governo e o avanço da doença no estado, Moraes fez um apelo aos comerciantes e trabalhadores do setor e disse que o momento é de apreensão.

Considerando o Natal de 2019, 63% disse que pretende gastar mais ou igual. Em relação às festas, quase 67% disse que vai usar parte do 13º com alimentos e bebidas. E sobre 2021, quase 50% dos entrevistados afirmaram esperar uma melhora, pouco mais de 25% acham que vai ficar igual e o mesmo percentual acha que deve piorar.

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