O vereador Gerson Araújo, do PSDB, protocolou um pedido de renúncia da presidência da Comissão de Ética e da Comissão Especial de Revisão do Código de Ética dois dias depois da Justiça condená-lo por improbidade administrativa. Ele e seu ex-chefe de gabinete, Willian Polaquini Godoy, perderam a função pública, os direitos políticos e ainda terão que pagar multa. A decisão em primeira instância não dissolve automaticamente o cargo de Araújo na Câmara. A dupla á acusada de pressionar proprietários de um terreno na zona norte de Londrina, perto do Estádio do Café, a venderem a área à Construtora Iguaçu do Brasil. O negócio com os empresários foi fechado em 2012, quando o tucano ocupou interinamente a Prefeitura de Londrina após a cassação do mandato de Barbosa Neto e da renúncia de José Joaquim Ribeiro.

De acordo com o MP, ficou acordado que os R$ 24 milhões seriam parcelados em 24 vezes, mas o pagamento nunca foi feito. Na decisão proferida pelo juiz da 1ª Vara de Fazenda Pública, Marcos José Vieira, a empresa e o dono dela, Carlos Alberto Campos de Oliveira, também foram condenados. Na época, Araújo e Godoy teriam prometido aos donos do loteamento que tinham a intenção de desapropriar o local para a construção de uma vila olímpica. Em 2013, quando já havia retornado à Câmara, Gerson Araújo e Godoy, agora como assessor parlamentar, teriam confeccionado um papel timbrado no Legislativo solicitando o projeto de lei da desapropriação ao Executivo.

No comunicado de renúncia enviado ao presidente da Câmara, Ailton Nantes, do PP, Araújo disse que não tem nenhuma culpa. O advogado dele, Vinícius Borba, afirmou que irá recorrer do despacho em primeira instância.