Conselho de Alimentação Escolar denuncia atraso no pagamento de salários de merendeiras em Londrina
Pelo menos 150 trabalhadoras estariam sofrendo com o problema desde o final do ano passado. Prefeitura, por outro lado, garante que vencimentos estão sendo pagos.
A Prefeitura de Londrina foi notificada pelo Conselho Municipal de Alimentação Escolar esta semana sobre um possível atraso no pagamento de salários de 152 merendeiras contratadas pela empresa Especialy Terceirização, uma das três terceirizadas responsáveis pela alimentação dos alunos na rede municipal de ensino. A presidente do conselho, Dóris Andrade da Cruz, disse que as funcionárias sofrem com o problema desde o final do ano passado. Segundo ela, os vencimentos sempre são pagos fora da data estabelecida em contrato. Em alguns casos, também teria havido o parcelamento de valores. Atualmente, cada merendeira recebe um salário de 1.173 reais por mês, além de um vale-alimentação de 182 reais e o tíquete-refeição de 15 reais por dia. Ainda de acordo com Dóris, que também preside o sindicato que representa as merendeiras em Londrina, funcionárias contratadas pelas outras empresas responsáveis pelo serviço também teriam recebido os salários com atrasos. No ofício enviado ao município, ela pede para que as terceirizadas sejam autuadas pelo poder público, e que sejam criadas ferramentas de controle para evitar novos contratempos.
Dóris explicou, ainda, que, até janeiro, as merendeiras estavam com os vínculos empregatícios com as empresas suspensos, e recebendo parte dos salários do governo. Ela contou que as funcionárias voltaram efetivamente ao trabalho em fevereiro, quando os atrasos começaram a pesar ainda mais.
A representante sugeriu ainda para que a prefeitura faça o pagamento das merendeiras de forma direta, para evitar com que as empresas atrasem os vencimentos.
A CBN também procurou a secretária municipal de Educação, Maria Tereza Paschoal, mas ela preferiu não se manifestar sobre o assunto. Em nota, o Núcleo de Comunicação da prefeitura informou que esta é a primeira denúncia recebida pelo município dando conta do atraso nos salários das merendeiras. O órgão garantiu, ainda, que os vencimentos estão em dia, e que deve entrar em contato com as empresas para os devidos esclarecimentos. Atualmente, o município paga cerca de R$ 12 milhões por ano para as terceirizadas responsáveis pela merenda. O contrato, assinado em agosto de 2019, venceu depois de um ano e segue sendo prorrogado desde então.