Crea encontra problemas de acessibilidade no Museu Histórico de Londrina
Entre as inadequações do prédio, acessos estreitos aos sanitários e falta de informações para deficientes visuais e auditivos.
As fiscalizações do Crea são feitas em espaços públicos de uso coletivo, como escolas, postos de saúde e terminais de ônibus, além de calçadas, praças, aeroportos e outros locais. No foco dos engenheiros, pisos irregulares, guias não rebaixadas, a largura das portas, as dimensões dos degraus e os corrimões.
Sem falar nas vagas de estacionamento exclusivas para pessoas com deficiência, nas rampas e nos sanitários adaptados. Após a fiscalização in loco, os Engenheiros Civis do Crea fazem um relatório detalhado e, em caso de problemas, o documento é encaminhado ao Ministério Público, que tem uma parceria com o órgão, para que as providências sejam tomadas.
O fiscal da regional Londrina do Crea, Alexandre Barroso, diz que na semana passada, por exemplo, uma equipe do órgão esteve no Museu Histórico de Londrina e verificou alguns problemas.
Segundo o Crea, com a pandemia, a quantidade de fiscalizações caiu drasticamente. Antes dela, eram, em média, 50 por ano. Com a retomada das atividades, apenas no primeiro bimestre desse ano, já foram 10 fiscalizações.
Desde o convênio com o Ministério Público, as operações são realizadas, na maioria das vezes, após pedidos do órgão.
O prédio onde hoje funciona o Museu, e que já foi o terminal ferroviário da cidade, tem mais de 70 anos. O engenheiro do Crea reforça que, apesar da idade do edifício e do seu valor histórico e cultural, as adequações precisam ser feitas.
Dados divulgados recentemente pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos mostram que o Paraná teve, em 2021, pouco mais de 450 denúncias e quase 1.800 violações de direitos das pessoas com deficiência. Todas elas recebidas pelo Disque 100.