Cresce demanda por testes para diagnóstico de dengue, em farmácias de Londrina
Em uma rede que atua na cidade, a demanda aumentou 86% nos primeiros 10 dias de janeiro, em comparação ao mesmo período do mês anterior.
Os números do primeiro Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) realizado neste ano, em Londrina, demonstram que a circulação do mosquito da dengue tem crescido aqui na cidade.
De acordo com o balanço que foi divulgado no início desta semana pela Secretaria Municipal de Saúde, o cenário é de alerta. Isso porque a taxa ficou em 5,5%. Ou seja, ao menos cinco em cada 100 imóveis visitados pelos agentes de Endemias do município apresentaram criadouros do inseto, que se reproduz em água parada.
O resultado atual é significativamente maior, em comparação ao nível considerado satisfatório pelo Ministério da Saúde, que é quando o indicador fica abaixo de 1%. Os números do último LIRAa de 2022 também estavam acima deste patamar. Na época, o levantamento apontou para um índice de 3%, em Londrina.
O reflexo deste crescimento na circulação do Aedes, já começa a ser observado em farmácias da cidade. De acordo com Jessica Bazana, farmacêutica clínica e coordenadora do setor de Qualidade na rede Vale Verde, a procura por testes para detectar a doença aumentou em 86% nos primeiros dez dias de janeiro, em relação ao mesmo período do mês anterior.
Ela cita que o clima mais quente e úmido, deste início de ano, pode ser um dos fatores que contribuiu para esta alta na demanda.
Jessica explica que o teste para diagnóstico da dengue é feito a partir de uma amostra de sangue do paciente. Todo o procedimento leva em torno de 25 minutos.
Segundo a farmacêutica, dois tipos de exames estão disponíveis. Um deles é recomendado para aqueles que estão apresentando os primeiros sinais. Já o outro teste é realizado para diagnosticar a doença em pessoas que estão com sintomas há mais de cinco dias.
Ela destaca ainda que os testes colaboram para um diagnóstico precoce da doença, possibilitando que os pacientes sejam direcionados para um serviço de saúde e recebam o tratamento adequado.
De acordo com o balanço da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), divulgado na tarde desta terça-feira (17), o Paraná soma 2.435 confirmações da dengue no atual período epidemiológico, que teve início em agosto do 2022. São 151 casos a mais, em comparação ao boletim da semana passada.
O informe também registrou 1.898 novas notificações. Com isso, o estado passa de 33.276 para 35.174 ocorrências durante o ciclo de monitoramento, que se encerra em julho deste ano.
Entre os principais sintomas da dengue estão dor atrás dos olhos, febre acima de 38,5º, manchas vermelhas no corpo, mal estar e dores musculares. Já em casos mais graves, os pacientes também podem apresentar dor abdominal, vômitos persistentes e sangramento de mucosa.