A Defesa Civil considera que foi o maior desastre natural registrado aqui na cidade em 2017. A chuva forte, que demorou apenas alguns minutos, aliada às rajadas de vento que chagaram a 146 km/h na região leste da cidade, provocaram a queda de algumas dezenas árvores em vários bairros.

Até a manhã de terça-feira, a Defesa Civil contabilizou 141 notificações de quedas de árvores só na área urbana. Também foram registrados destelhamentos em oito imóveis, e sete pontos de alagamentos em vias importantes, como as avenidas Dez de Dezembro, Duque de Caxias, Higienópolis, Paul Harris, entre outras.

De acordo com a Defesa Civil, os principais bairros atingidos pelo temporal foram o Jardim Aragarça, a região Aeroporto, San Izidro, San Fernando, Califórnia, Piza, Monte Belo e adjacências, todos na região leste da cidade. O secretário de Defesa Social de Londrina, Evaristo Kuceki, afirma que o Município pode decretar situação de emergência, mas isso depende do balanço final dos estragos pela cidade, que só deve sair em dez dias, e do total de recursos a serem gastos. Para que isso ocorra, as despesas com a reconstrução de tudo que foi destruído devem ultrapassar os R$ 27 milhões.

No primeiro dia de trabalho nas ruas, foram formadas cinco equipes de agentes e voluntários. O Corpo de Bombeiros deslocou duas equipes para ajudar no corte das árvores caídas até a madrugada.

O número de notificações pode aumentar já que, durante a tarde desta terça-feira, a Defesa Civil continuava vistoriando outros bairros. 

Também houve queda de árvores em quatro escolas municipais. Em outras quatro, foram registrados alagamentos. Com exceção da Escola Municipal San Izidro, onde as aulas foram suspensas nesta terça-feira, todas as escolas estão funcionando normalmente. A San Izidro retoma as aulas nesta quarta-feira. O secretário de Defesa Social avalia que o principal problema foram as rajadas de vento. Kuceki acredita que foi um temporal acima da média, mas diz que o Município está preparado.

O Parque Municipal Arthur Thomas também sofreu com o temporal e foi interditado, por conta de alagamentos e quedas de árvores e não há previsão para a reabertura.

A Prefeitura informou que, em casos de queda de árvore, a população está autorizada a realizar o corte. Em seguida, é preciso entrar em contato com a SEMA para que seja programada a retirada dos troncos e galhos.

De acordo com o secretário, boa parte das árvores que foram derrubadas pelo vento estava saudável.

A Sercomtel informou que, por conta das fortes chuvas, da queda de árvores e derrubada de postes, está trabalhando desde a madrugada de terça-feira na recomposição da rede junto com a Copel.

Segundo a empresa, pelo menos 40 técnicos estão realizando a manutenção da rede de telefonia e internet. De acordo com a Sercomtel, quatro estações da operadora foram afetadas pela falta de energia. A empresa estima que cerca de 15 mil clientes foram afetados.

Em caso de alagamentos, desabamentos ou quedas de árvores em vias públicas, a população deve ligar para a Defesa Civil, no 199, ou para o Corpo de Bombeiros, no 193. Os números da SEMA são 3372-4762 e 3372-4781.