QUARTA, 02/03/2022, 18:31

Depois de 120 dias, termina a Piracema nos rios do Paraná

Força-tarefa apreendeu cerca de 200 kg de espécies nativas e registrou mais de R$ 300 mil em multas a pescadores.

A Piracema começou em 1º de novembro do ano passado e acabou na última segunda-feira. A proibição existe há mais de 15 anos e tem como principal objetivo respeitar a reprodução das espécies nativas nesse período. No Paraná, a fiscalização é de responsabilidade do Instituto Água e Terra, o IAT, e da Força Verde da Polícia Militar. No total, foram cinco operações para coibir a captura, o transporte e venda de espécies nativas.

Nos quatro meses de Piracema, a força-tarefa da Polícia Militar e do IAT apreendeu mais de 200 kg de peixes. Todos eles doados a instituições de caridade. As fiscalizações também resultaram em notificações e mais de R$ 328 mil em multas, além de apreensões de centenas de equipamentos diversos e milhares de metros de redes. Entre as espécies protegidas no período, bagre, dourado, jaú, pintado, lambari e a piracanjuba.

Aqui na Região Norte, a fiscalização resultou na apreensão de pouco mais de 40 quilos de peixes nativos nos rios Tibagi e Paranapanema, e nas represas da Capivara e de Xavantes.

Segundo o capitão Hugo Woll, comandante da 2ª Companhia da Força Verde, que atua em Londrina e outros 91 municípios, foram registradas 23 ocorrências aqui na região.

O capitão diz ainda que as apreensões vêm caindo ao longo dos anos, resultado da conscientização dos próprios pescadores, que já perceberam a redução na quantidade de espécies nativas nos rios.

As multas para quem foi flagrado com espécies nativas durante a Piracema são de R$ 700,00 por pescador e de mais de R$ 20,00 por quilo de peixe capturado.

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