TERCA, 20/10/2020, 15:23

Depois de pior epidemia de dengue da história, Ibiporã “inicia” novo ciclo da doença com baixo índice de infestação do Aedes aegypti

Levantamento realizado este mês pela prefeitura mostra que menos de um a cada cem imóveis visitados pelas equipes tinha focos do mosquito

A Secretaria de Saúde de Ibiporã iniciou o novo ciclo da dengue na cidade de forma bastante positiva. O Lira, Levantamento Rápido do Índice de Infestação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da doença, realizado este mês pela prefeitura ficou em apenas 0,3%, bem abaixo do 1% definido como aceitável pela Organização Mundial da Saúde. Ou seja, a cada cem imóveis visitados pelos agentes de endemias no município, menos de um apresentava focos do Aedes. Durante o Lira, as equipes visitaram 930 endereços, cerca de 5% do total de imóveis espalhados por todas as regiões de Ibiporã.

O coordenador do Setor de Endemias do município, Aldemar Galassi, comemorou o resultado, apesar de admitir que ainda é muito para dizer se a cidade vai ou não ter um surto de dengue como a do último ciclo, que registrou 4.880 casos confirmados e cinco mortes pela doença. Foi a pior epidemia dengue da história de Ibiporã, segundo ele. Para evitar que os números se repitam, a população precisa fazer a parte dela, conforme destacou o coordenador.

No atual ciclo epidemiológico, nenhum caso de dengue foi confirmado em Ibiporã. Até agora, a cidade tem apenas 200 notificações da doença. O coordenador de Endemias destacou que o momento relativamente tranquilo foi motivado pela dura estiagem que persiste sobre o estado já há alguns meses. Sem chuva, de acordo com ele, não há muitos pontos com água parada. Tanto é que durante as visitas para o Lira, as equipes encontraram 100% dos focos do Aedes em vasos e pratinhos de plantas nas casas.

Por Guilherme Batista

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