QUARTA, 01/03/2017, 19:00

Depois de ter sido cancelada delação premiada do principal delator da Operação Publicano é retomada

Delator Luiz Antônio de Souza teria quebrado acordo quando tentou extorquir empresário para não citá-lo nos depoimentos.

Depois de oitos meses com acordo de delação premiada cancelado pela Justiça o principal delator da Operação Publicano teve acordo refeito, na tarde desta quarta-feira, pelo juiz Juliano Nanuncio da 3ª Vara Criminal de Londrina.

O acordo havia sido interrompido entre a Justiça e o delator em junho do ano passado, quando o ex-auditor da Receita Estadual em Londrina, teria tentado de dentro da prisão extorquir um empresário para que não fosse citado em depoimentos.

Segundo o advogado de defesa do Luiz Antônio de Souza, Eduardo Duarte Ferreira, o acordo foi reassumido entre o Ministério Público e a defesa, assim o juiz homologou o novo aditivo.

Souza havia perdido os benefícios para colaborar com as investigações, como a possibilidade de progressão de regime – ele deveria ter deixado a Penitenciária Estadual de Londrina 1, no dia 30 de junho do ano passado e passaria para a prisão domiciliar.

O advogado não especificou quais os benefícios da delação e os novos acordos que foram feitos. Mas alega que o delator perde maior parte de seus bens e afirma que essa nova delação é mais dura ao réu.

O advogado ressaltou que um novo depoimento deve ser colhido de Luiz Antônio de Souza sobre a suspeita de tentativa de extorquir o empresário que interrompeu a antiga delação.

O principal delator já havia devolvido duas fazendas no Mato Grosso.

O empresário que teria o nome citado na Operação é considerado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado - Gaeco um dos cabeças de uma organização criminosa de abate e comercialização de suínos com impostos sonegados.

A Operação Publicano está na 4ª fase de apuração. Nessa fase o que se analisa são fatos criminosos ocorridos entre 2008 e 2014. São novos crimes descobertos a partir das primeiras fases da Publicano. Dos 110 réus investigados, mais de 40 são auditores da Receita Estadual acusados de receber propina.

Comentários