SEXTA, 03/06/2022, 18:47

Em discurso no HU, em Londrina, ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, acusa distribuidoras de esconderem antibióticos para "cobrar mais caro do serviço público"

Ele também comentou presença do filho em eventos do Ministério na Paraíba, onde o jovem é pré-candidato a deputado.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou a comentar, nesta sexta-feira (3), a crise da falta de medicamentos registrada em boa parte dos estados brasileiros, dessa vez disparando contra as distribuidoras. Em um discurso para profissionais do Hospital Universitário (HU) de Londrina, no Paraná, ele acusou as empresas de esconderem os antibióticos para, posteriormente, "cobrar mais caro do serviço público".

O desabastecimento foi confirmado pelo Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde, que enviou ofício pedindo uma audiência ao ministro no início da semana. O órgão alerta que há falta de antibióticos, antitérmicos, xaropes e antigripais tanto na rede pública quanto na privada, e que o desabastecimento "representa um grave risco para a saúde da população". Em entrevista coletiva, após o discurso, Queiroga baixou o tom e defendeu a adoção de medidas regulatórias e até a importação de insumos para que a situação seja normalizada.

Ainda em Londrina, o ministro da Saúde foi questionado pela CBN sobre reportagem do jornal O Globo, que apontou que ele tem ajudado a impulsionar a pré-candidatura de seu filho, Antônio Cristovão Neto, o Queiroguinha, a deputado federal na Paraíba. Nos últimos três meses, o rapaz participou de cinco eventos públicos ao lado do pai no estado e, em uma sexta ocasião, discursou como representante do ministro. Queiroga tratou de minimizar a situação e disse que não vê nenhum problema nisso.

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