TERCA, 23/03/2021, 17:16

Em uma semana, Londrina registrou 118 novos casos de dengue

No Paraná, segundo boletim estadual, foram confirmados mais 761 diagnósticos positivos. Evolução dos números confirma risco de epidemia da doença.

O informe epidemiológico da dengue divulgado nesta terça-feira (23) pela Secretaria Estadual de Saúde confirmou mais 761 casos da doença no Paraná, sendo 118 deles em Londrina. Agora, o estado soma 5.293 diagnósticos positivos desde o início do atual período, em agosto do ano passado. Já são 229 municípios com casos confirmados. O número de mortes, por sua vez, se manteve o mesmo: nove paranaenses perderam a vida para a doença.

Em Londrina, já são 739 casos confirmados e dois óbitos por dengue. Outros 1.774 casos seguem em investigação, aguardando o resultado de exames.

A evolução dos números em nível estadual confirma o risco de uma epidemia de dengue ainda este ano. A região de Londrina é uma das mais propícias para o surto.

A possibilidade se torna ainda mais evidente se levarmos em conta o índice de infestação do mosquito Aedes aegypti nos bairros da cidade que, historicamente, costumam apresentar o maior número de casos da doença. A taxa divulgada na última sexta-feira (18) é de 5,4%. Ou seja, a cada cem imóveis visitados pelos agentes de endemias, mais de cinco tinham focos do mosquito transmissor da dengue.

Nos últimos dias, a Secretaria Municipal de Saúde intensificou a realização de mutirões de limpeza nos pontos mais problemáticos, e também iniciou a aplicação de fumacê nos bairros com os maiores índices. Na Vila Romana, na zona leste, por exemplo, a cada cem endereços vistoriados, pelo menos quinze apresentaram criadouros. No jardim São Jorge, na região norte, o índice ficou acima dos 20%.

A presidente da Comissão de Seguridade Social da Câmara Municipal de Londrina, vereadora Lenir de Assis, do PT, lembrou, ainda, que 99% dos focos são encontrados nos quintais das casas, e que a população precisa fazer a parte dela. Ela também alertou que a cidade não vai ter condições de comportar uma epidemia de dengue e a pandemia de coronavírus ao mesmo tempo.

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