Empresa que pediu rompimento de contrato com a prefeitura continua fornecendo pediatras ao Pronto Atendimento Infantil, em Londrina
Secretário de Saúde diz que a terceirizada enfrenta um processo interno de penalidade por conta de problemas registrados durante a execução do serviço, e que o município já planeja nova licitação emergencial para a contratação de uma outra empresa.
A empresa Avive, contratada em maio para fornecer pediatras ao Pronto Atendimento Infantil (PAI), em Londrina, continua com a execução dos trabalhos apesar dos diversos problemas registrados principalmente nas primeiras semanas do contrato emergencial firmado entre a terceirizada e a prefeitura. A informação foi revelada à CBN pelo secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, nesta quarta-feira (29).
No final do mês passado, a empresa veio a público pedir pelo rompimento amigável do acordo. Na época, ela alegou dificuldades para a prestação do serviço. O principal problema citado seria a resistência por parte dos pediatras em realizar plantões no PAI, que, segundo a terceirizada, não ofereceria condições adequadas de trabalho e segurança aos médicos escalados.
A prefeitura, no entanto, não aceitou o pedido de rescisão contratual, e ainda abriu um processo interno de penalidade para responsabilizar a empresa pelos problemas registrados durante a execução do serviço. Segundo o município, a terceirizada não estaria conseguindo preencher as escalas de plantão.
O secretário de Saúde disse que a situação melhorou nas últimas semanas, e que, atualmente, o PAI tem contado com até sete médicos de plantão por turno. Ele confirmou também que o município já planeja um novo processo de licitação emergencial para contratar os serviços de uma outra empresa.
Apesar de o movimento ter diminuído de forma significativa na unidade de saúde nas últimas semanas, o secretário defendeu a necessidade de a rede pública traçar estratégias eficazes para enfrentar o problema crônico da falta de pediatras. Ele lembrou da reunião realizada na Câmara Municipal, no último dia 10, para discutir o problema, e reiterou que as dificuldades também são enfrentadas pelos hospitais. Na avaliação de Machado, é preciso entender o que tem feito os médicos se afastarem da especialidade e do serviço público e, também, encontrar meios para reforçar as escalas não só no PAI, mas em todas as unidades de saúde do município.