SEXTA, 08/10/2021, 17:29

Empresa responsável pela coleta de lixo em Londrina entra na Justiça para cobrar R$ 425 mil da CMTU

O valor, segundo a terceirizada, é o que foi gastado a mais por ela, nos últimos dez meses, para abastecer com óleo diesel os caminhões utilizados no serviço. Empresa também pede que contrato passe por reequilíbrio econômico e financeiro, e que ele leve em conta a série de reajustes pela qual o combustível passou neste ano.

A Kurika Ambiental, responsável pela coleta de lixo em Londrina, apresentou uma ação na Justiça para cobrar cerca de R$ 425 mil da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU). O valor, de acordo com a terceirizada, corresponde ao que precisou ser gasto a mais por ela, nos últimos dez meses, para o abastecimento com óleo diesel dos caminhões utilizados no serviço. A empresa argumenta que, por conta dos sucessivos aumentos pelos quais o combustível sofreu este ano, o valor do contrato com a CMTU está defasado e, consequentemente, precisa passar por um processo de reequilíbrio econômico e financeiro. Ou seja, de acordo com a Kurika, os R$ 111 recebidos do poder público por tonelada de lixo recolhido pelas ruas da cidade não estão mais sendo suficientes para pagar todas as despesas relacionadas ao serviço.

Uma das mais caras diz respeito, justamente, ao óleo diesel, o principal insumo usado pela empresa na coleta de lixo. Na ação, a Kurika compara o valor de R$ 3,25 por litro de combustível previsto na atual planilha de custos do contrato com os R$ 4,17 desembolsados atualmente pela empresa pelo litro do óleo diesel, uma diferença de mais de noventa centavos.

A empresa também descreve que, em janeiro deste ano, pagava cerca de R$ 23 mil por sete mil litros do insumo, e que, no mês passado, precisou desembolsar mais de R$ 30 mil pela mesma quantidade do produto. A terceirizada anexou à ação de cobrança uma série de notas fiscais que comprovam a discrepância de valores. Juntas, elas somam os R$ 424,9 mil que estão sendo cobrados da CMTU.

A Kurika também garante, na ação, que sempre informou a companhia sobre os constantes aumentos. Somente este ano, três ofícios foram enviados ao órgão municipal. Apesar disso, nenhuma resposta foi dada pela CMTU até o momento. A falta de retorno foi o que motivou a empresa a procurar a Justiça.

Procurada pela CBN nesta sexta-feira (8), a assessoria de imprensa da CMTU informou apenas que a diretoria de Operações e Finanças analisa os pedidos feitos pela Kurika. Ainda não há prazo para a apresentação de uma resposta.

Por Guilherme Batista

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