SEXTA, 04/06/2021, 17:22

Empresas não descartam entrar na Justiça para evitar nova greve dos funcionários do transporte coletivo em Londrina

Negociação entre concessionárias e trabalhadores deve continuar até terça-feira, para quando foi marcada a nova paralisação da categoria.

Está ficando cada vez mais curto o tempo que as empresas do transporte coletivo têm para evitar uma nova greve dos motoristas em Londrina. A categoria aprovou a paralisação, a terceira somente este ano, para a próxima terça-feira, dia 8 de junho. Em assembleia realizada na última quarta (2), 534 funcionários votaram a favor do movimento, que protesta contra o fim do chamado anuênio da categoria.

Apesar da aprovação, a mesa de negociação entre concessionárias e trabalhadores continua aberta. As partes precisam chegar a um acordo para o firmamento da nova convenção coletiva de trabalho dos funcionários. O único entrave envolveria o anuênio, que consta nos holerites dos motoristas como PPR - ou Programa de Participação nos Resultados.

Por meio da assessoria de imprensa, as empresas informaram apenas que não devem se pronunciar sobre o assunto no momento. A CBN apurou, no entanto, que as concessionárias têm a intenção de concluir as negociações com a categoria antes do dia em que a greve teria início. A possibilidade da apresentação de uma ação na Justiça para impedir a paralisação também não estaria descartada. Interlocutores das empresas garantem, entretanto, que a judicialização do impasse só vai ser feita em último caso.

Enquanto isso, a greve segue marcada para a próxima terça. Nas outras duas paralisações, registradas em janeiro e abril deste ano, os funcionários cruzaram os braços contra os atrasos no pagamento dos salários. Dessa vez, a possível paralisação é contra a perda de direitos. Em comunicado enviado à imprensa nesta sexta-feira (4), o presidente do Sinttrol, sindicato que representa os trabalhadores, José Faleiros, reiterou que a categoria não vai aceitar abrir mão do anuênio. O benefício, na avaliação dele, é um direito adquirido, e que consta na folha de pagamento dos funcionários há pelo menos 30 anos.

Por Guilherme Batista

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