Um grupo composto pelo Centro de Direitos Humanos, Pastoral Carcerária e Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná, o Sindarspen, definiu em reunião no início da semana que não concorda com o projeto do governo estadual em instalar as chamadas celas modulares em presídios do Estado. O modelo foi lançado em Curitiba, mas há a promessa de interiorização. A estrutura tem três metros de largura por cinco e noventa de comprimento.

De acordo com o representante do CDH, Carlos Santana, a proposta para readequar os presos não foi discutida com entidades que lidam com o tema da segurança pública. Ele ponderou que a execução da ideia, apesar de ampliar o número de vagas, não combate diretamente a superlotação.

Em Curitiba, as celas modulares foram instaladas no pátio do 11º Distrito, que chegou a abrigar 170 detentos em um espaço para 40. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Segurança Pública, não há previsão de data para o modelo ser implantado no interior do Paraná. Em Londrina, a possibilidade é que os chamados shelters sejam colocados na Casa de Custódia, na região sul. Serão 8 unidades, criando assim até 96 vagas.

Em Cornélio Procópio, a Sesp pretende implantar 10 celas, gerando 120 vagas. Em Maringá, serão 6 celas com 72 espaços, e Ponta Grossa, com 10 celas e 120 vagas.