QUINTA, 28/11/2019, 17:58

Equipe da UEL garante segurança estrutural de viadutos na PR-445

Alvos de polêmicas e rachaduras, estruturas ganharam acompanhamento especial de especialistas há cerca de dois anos. Eles usam equipamento sofisticado para medir deslocamento de solo e, assim, verificar se há algum risco para quem passa pelo trecho.

A equipe do curso de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Londrina formada para acompanhar de perto a situação dos viadutos das avenidas Dez de Dezembro e Waldemar Spranger, construídos sobre a PR-445, fez uma nova vistoria nas estruturas de concreto nesta quinta-feira. Essa é a 31ª visita dos especialistas desde o início dos trabalhos, há cerca de dois anos.

As vistorias fazem parte do Termo de Ajustamento de Conduta firmado em 2017 entre Ministério Público, DER, Departamento de Estradas de Rodagem e a construtora Sanches Tripolini, responsável pelas obras de duplicação da PR-445 e, consequentemente, da construção dos viadutos.

O TAC foi necessário depois que muitas rachaduras começaram a aparecer nas estruturas. Ficou verificado, à época dos fatos, que o projeto de construção dos viadutos apresentava uma série de problemas. Com o termo firmado, a construtora ficou responsável por reforçar os muros de contenção e os pilares de sustentação das elevações. A construtora também comprou um inclinômetro para a UEL realizar as vistorias nas estruturas, e fez os buracos necessários no entorno das construções para a verificação.

O equipamento, formado por uma haste de metal e uma espécie de corda de borracha, é colocado no buraco, que tem 17 metros de profundidade. A cada meio metro, o inclinômetro consegue medir o deslocamento do solo e, em tempo real, emitir o resultado para um aparelho via Bluetooth. Tudo é anotado por dois estudantes de Engenharia Civil que acompanham as vistorias e, posteriormente, analisado pelos engenheiros.

O supervisor do trabalho de campo e professor do Centro de Tecnologia e Urbanismo da UEL, Carlos José Costa Branco, disse que, nesses dois anos, foi possível verificar que o solo localizado embaixo dos viadutos continuou se movendo, mas numa escala mínima. Ele garante que, apesar do histórico turbulento, as duas estruturas não apresentam risco algum para as pessoas que passam pelos trechos.

Pelo Termo de Ajustamento de Conduta, o trabalho de acompanhamento da UEL junto aos viadutos deveria ter sido finalizado no mês passado. O professor destaca, entretanto, que, como a universidade ganhou o inclinômetro da construtora, vai continuar com as vistorias por mais dois anos. A ideia, inclusive, conforme ele, é estender os trabalhos para outras construções da cidade.

Por Guilherme Batista

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