SEXTA, 13/10/2023, 14:00

Equipes da secretaria de saúde de Londrina vão a Brasília para conhecer novo método de combate à dengue

Por conta do alta taxa de infestação, município está entre as seis cidades do país que devem testar pesquisa da Fiocruz

A técnica, conduzida pela Fiocruz, consiste em “contaminar” mosquitos Aedes aegypti com uma bactéria que impede que vírus se desenvolva. O método Wolbachia também inibe a reprodução todos os mosquitos reduzindo a transmissão e combatendo diretamente as arboviroses.

No Paraná, Foz do Iguaçu e Londrina, foram incluídas no projeto. Isso porque foram considerados municípios com mais de 100 mil habitantes, com altas temperaturas, levando em conta o número de casos de dengue nos últimos 10 anos, além da incidência de dengue nos últimos cinco anos. 

O secretário de saúde, Felippe Machado, informou que os técnicos da vigilância e epidemiologia irão a Brasília no dia 24 de outubro para receber mais orientações do Ministério da Saúde para entender a viabilidade da implantação.

Esse será o segundo método em curso na cidade. Para tentar frear a dengue, Londrina também decidiu testar em julho uma a soltura de 175 mil mosquitos produzidos em laboratório e incapazes de transmitir qualquer doença.  O método feito com uma empresa de Israel foi aplicado no conjunto Mister Thomas. Neste caso, os machos do mosquito são estéreis. Depois do acasalamento, a fêmea do mosquito gera ovos não fecundados, ou seja, que não desenvolvem larvas. O resultado desse trabalho deve ser revelado em dezembro, mas, segundo Machado, dados preliminares, mostraram a eficácia da medida.

Se o experimento for bem avaliado, a prefeitura afirma que poderá aplicar a técnica em toda a cidade.   No último ciclo da epidemia, Londrina liderou o número de casos da doença, com 34.815 notificações.

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