Um jovem de 21 anos, morador da zona rural e que durante alguns anos estudou no Colégio Estadual Helena Kolody, local da tragédia que terminou com dois alunos cambeenses mortos. As informações divulgadas pela Polícia dão conta ainda de que ele vinha planejando o ataque desde 2020 e que em 2022 teria tentado matar, com uma faca, um estudante de uma escola, dessa vez em Rolândia.

Logo após o ataque, o secretário de Segurança Pública, Hudson Teixeira, afirmou que, apesar da tentativa de homicídio em outubro do ano passado, o atirador da escola de Cambé não tinha histórico de má conduta e que não havia indicativos de que representaria um risco. Mas, então, o que se pode fazer para tentar evitar uma nova tragédia desse tipo.

Especialista na área, Fernando Brafmann, tem mais de 30 anos de experiência em segurança. A empresa dele, com sede em Curitiba, presta consultoria para algumas das grandes redes particulares de ensino do país.

Brafmann, que é radicalmente contra a instalação de detectores de metais nas escolas, diz que prevenção é a melhor das opções, mas ela nunca funciona 100%. Ele afirma que não há uma fórmula exata, mas aponta várias outras medidas, que a depender do tipo de unidade, podem melhorar a segurança, entre elas o botão do pânico, o monitoramento das redes sociais e da internet e, principalmente, o engajamento das famílias.

O especialista diz ainda que muitas das medidas nem precisam de recursos para serem implantadas e podem ser efetivas. Mais uma vez, ele ressalta o papel das famílias.

Fernando Brafmann já participou de treinamentos de antiterrorismo, segurança de instalações, inteligência, sequestros e gerenciamento de crises, no Brasil, Europa, Estados Unidos e Israel. Em abril passado, ele palestrou sobre o tema Segurança nas Escola para a Prefeitura de Londrina, logo após o ataque ao colégio de Blumenau, Santa Catarina.