O juiz Délcio Miranda, da 2ª vara criminal de Londrina mandou soltar Ossamu Kaminagakura, ex-diretor da prefeitura de Londrina. Ele estava preso há três meses na Penitenciária Estadual de Londrina (PEL). O pedido já havia sido negado várias vezes. O advogado Gabriel Bertin destaca que a justiça entendeu que o tempo de reclusão foi o suficiente e que a soltura dele não prejudicará as investigações.

Ossamu é acusado de receber dinheiro para beneficiar empresas e pessoas físicas na instalação de alguns empreendimentos. A operação ZR3 investiga irregularidades na alteração de zoneamento em Londrina.

O ex-diretor foi solto, mas será monitorado por tornozeleira eletrônica por 90 dias. O juiz também determinou que ele não tenha contato com os demais investigados na operação e que não poderá viajar sem o consentimento judicial. Além disso, deve ficar em casa das 21h às 6h.  

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, em nota, a Corregedoria Adjunta decidiu, em primeira instância, pela penalidade de demissão do servidor público, no último dia 4 de junho. Como ainda cabe recurso, até o momento ele não foi demitido.

De acordo com o Processo Administrativo Disciplinar (PAD), ele, na função de diretor de loteamentos, teria calculado para menos a metragem de uma infraestrutura em módulos escolares. Ação que está em desacordo com a Lei de Parcelamento de Solo Urbano. Além disso, teria deixado de informar à Secretaria Municipal de Educação, solicitações de documentos e pareceres relacionados aos novos empreendimentos retardando a gestão de contrapartidas. Ainda de acordo com a nota oficial, a decisão de demiti-lo ainda passará pelo Conselho da Corregedoria, antes de ser encaminhada ao prefeito Marcelo Belinati.

A justiça também converteu a prisão do empresário Vander Mendes, réu na operação ZR3 e que foi preso em 28 de fevereiro.