Um dia após a ordem de prisão ter sido emitida, na semana passada, o Ministério Público ainda não considerava Orlando Bonilha foragido. Mas, após vários dias sem se entregar e sabendo da ordem prisão por intermédio do advogado e da própria imprensa, o ex-presidente da Câmara Municipal de Londrina agora sim é considerado fugitivo da justiça. Pelo menos, na avaliação do coordenador do Gaeco em Londrina, promotor Jorge Barreto.

Assim que a condenação de Orlando Bonilha transitou em julgado no Tribunal de Justiça, o juiz Délcio Miranda da Rocha, da 2ª Vara Criminal de Londrina, expediu uma ordem de prisão determinando o cumprimento da pena de cinco anos e três meses em regime semi-aberto.

Segundo o coordenador do Gaeco, as buscas pelo ex-vereador começaram assim que o mandado de prisão foi expedido, mas Bonilha não foi localizado em nenhum dos endereços comunicados à justiça. De acordo com o promotor, os policiais do Gaeco seguem tentando cumprir a ordem de prisão. Jorge Barreto afirma ainda que a informação que o Ministério Público tem é de que ele estaria fora da cidade e só retornaria no início de 2019.

Bonilha teve o mandato na Câmara cassado em 2008. De acordo com o coordenador do Gaeco, o ex-presidente da Câmara Municipal teria contratado um assessor e exigia parte do salário, aproximadamente R$ 2 mil, que foram repassados mensalmente ao ex-vereador durante três anos.

O ex-presidente da Câmara continua réu em diversos processos e também foi condenado à prisão, pelo mesmo crime, em um caso, que envolveu ainda outros vereadores da época. Fizemos contato com o escritório do advogado Ronaldo Neves, que defende Bonilha, mas ninguém atendeu nossas ligações.