QUARTA, 04/01/2023, 07:32

Exclusivo: Receita Federal apreendeu quase R$ 70 milhões em contrabandos em Londrina e região no ano passado. Valor é 20% maior se comparado ao registrado em 2021

Fiscalização apreendeu 5,5 milhões de maços de cigarro, 7.726 smartphones e mais de meia tonelada de maconha.

A Receita Federal divulgou nesta terça-feira (3) o balanço dos trabalhos realizados em Londrina e região em todo o ano passado. O levantamento exclusivo, feito a pedido da rádio CBN, aponta que os agentes conseguiram apreender mercadorias e veículos avaliados em R$ 68,5 milhões ao longo de 2022. O valor é 20% maior se comparado aos R$ 57 milhões de produtos apreendidos em 2021. Para o delegado da Receita em Londrina, Reginaldo Cardozo, o aumento no número de apreensões se deve principalmente ao trabalho de reforço na realização de operações nas rodovias do norte do estado e, ainda, à parceria firmada entre a Receita e os demais órgãos de segurança que atuam nessa área, como a Polícia Federal e as polícias rodoviárias Estadual (PRE) e Federal (PRF).

Mais de 40% das apreensões dizem respeito aos cigarros contrabandeados do Paraguai. Em 2022, as equipes retiraram de circulação 5,5 milhões de maços, que estavam sendo transportados por contrabandistas em carros e caminhões nas estradas da região.

Os fiscais também apreenderam 7.726 smartphones, 70 veículos e 615 quilos de maconha. Quando há a apreensão de mercadorias contrabandeadas, o responsável é encaminhado à delegacia da Polícia Federal para a assinatura de um termo circunstanciado. O delegado explicou que ele tem direito de apresentar defesa junto à Receita Federal para tentar reaver os produtos. Mas caso não consiga comprovar a origem lícita e o pagamento dos tributos, o suspeito perde toda a mercadoria e ainda responde criminalmente por contrabando ou descaminho.

Cardozo explicou também que a Receita dá diferentes tipos de encaminhamento às mercadorias apreendidas. Os produtos que são proibidos de circula em território brasileiro, como os cigarros produzidos no Paraguai e os chamados vapers, por exemplo, são destruídos. Já os eletrônicos e veículos podem ser doados a órgãos públicos e entidades assistenciais ou ser encaminhados para leilão. Os valores obtidos com a venda do material são revertidos em favor aos cofres da União.

Por Guilherme Batista

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