Fundão eleitoral vira discussão na Câmara de Londrina
Vereador queria enviar indicação ao Congresso para acabar totalmente com o recurso
O presidente Jair Bolsonaro tem até 23 de agosto para sancionar ou vetar o aumento do fundo eleitoral para R$ 5,7 bilhões em 2022. Ele já sinalizou o veto, indicando um apoio ao valor de R$ 4 bilhões, o dobro do que os partidos tinham à disposição nas eleições de 2020. Tal veto ainda pode ser derrubado no Congresso, com votação de pelo menos 257 deputados e 41 senadores.
Apesar de ser um assunto de competência federal, o “fundão” foi alvo de discussão na sessão desta terça-feira da Câmara de Londrina, depois que o vereador Santão propôs uma indicação aos deputados federais para que promovam a extinção total do fundo.
A ideia foi rejeitada, com apenas sete votos favoráveis, dois contrários e dez abstenções, entre elas das vereadoras Lu Oliveira e Flávia Cabral, que defenderam a continuidade, porém com um volume menor para financiamento de campanhas.
O vereador Fernando Madureira foi um dos votos contrários à indicação. Ele defende que a discussão deve existir em âmbito federal.
Caso Bolsonaro vete o dispositivo na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2022, o valor final do fundo eleitoral ficará em aberto. A despesa então só voltará a ser discutida na Lei Orçamentária Anual, prevista para ser enviada pelo governo ao Congresso até 31 de agosto.