A Operação Sangria foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), nesta quinta-feira (6) e investiga possíveis desvios de recurso do Sindicato dos Empregados de Empresas de Segurança, Vigilância, Serviços Orgânicos e Similares de Londrina e Região.

Os crimes que estão sendo apurados são de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Ao todo, foram expedidos três mandados de prisão temporária, contra membros da diretoria do sindicato, e seis mandados de busca e apreensão, como explica o coordenador do GAECO Jorge Barreto.

Segundo ele, as primeiras informações a respeito de possíveis irregularidades foram recebidas em 2020.

As investigações da Operação Sangria identificaram, por meio de quebra de sigilo bancário e fiscal, movimentações financeiras incomuns, como também diversos saques e pagamento de contas pessoais com dinheiro do sindicato.

Os mandados foram cumpridos nos municípios de Londrina, Cambé e Sertanópolis. Seis locais foram alvo de busca e apreensão. A sede do sindicato, um escritório de contabilidade, a residência dos investigados e ainda um imóvel que, de acordo com as apurações, teria sido comprado com dinheiro desviado.

Segundo Barreto, alguns dos próximos passos da investigação são a análise dos materiais que foram apreendidos, a identificação de outras pessoas que possam estar envolvidas, e também ouvir a versão dos investigados.

A Justiça definiu ainda que imóveis, veículos e valores dos investigados fossem alvo de sequestro e bloqueio, atingindo um limite de aproximadamente R$ 6,27 milhões. Esta quantia, seria correspondente ao que, a princípio, teria sido desviado do sindicato, segundo as apurações.

A reportagem da CBN Londrina tentou falar com a entidade para um posicionamento sobre esta situação. Mas até o fechamento desta matéria, não conseguimos contato.