Gaeco denuncia nove pessoas por crimes de agiotagem e lavagem de dinheiro em Londrina
A Operação Surreal identificou uma empresa de fomento que usava de laranjas para ocultar bens e cometer delitos.
O Ministério Público do Paraná, por meio do Gaeco de Londrina, ofereceu denúncia criminal nesta segunda-feira (06) contra nove pessoas investigadas pela Operação Surreal. A denúncia aponta os crimes de falsidade ideológica, usura (agiotagem) e lavagem de dinheiro.
De acordo com as investigações, que tiveram início em fevereiro de 2021, o grupo criminoso tinha uma falsa empresa de fomento mercantil, que utilizava da prática de agiotagem, com empréstimos de valores com juros acima do mercado e extorquiam e ameaçam as vítimas do esquema.
A continuidade das apurações revelou a existência de lavagem de dinheiro, com uso de pessoas físicas e jurídicas para ocultação de bens e valores provenientes de crime de agiotagem. Um dos investigados chegou a receber R$ 30 mil para figurar como proprietário “laranja” de grande empreendimento imobiliário, como informa o promotor do Gaeco de Londrina, Leandro Antunes,.
Essa primeira denúncia é contra os empresários e particulares envolvidos no esquema. Já um servidor público de Jataizinho, município da região de Londrina, também está entre os investigados, na tentativa de facilitar a ocultação dos bens. O funcionário público trabalhava no setor de licenciamento de novos loteamentos.
Na denúncia, o MP requer a perda de R$ 6,72 milhões e de vários imóveis adquiridos por meio da lavagem de ativos, de bens supostamente obtidos a partir dos crimes. Entre os imóveis, está uma fazenda de 235 hectares no Mato Grosso do Sul, avaliada em R$ 2,6 milhões.