A decisão do Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para que os acampamentos em frente aos quartéis das forças armadas fossem desmontados, foi tomada no início da madrugada desta segunda-feira. Em Brasília, o maior deles, em frente ao QG do Exército, começou a ser desmobilizado logo pela manhã.

De acordo com a determinação do ministro, a desocupação deveria ser feita pelas Polícias Militares dos Estados e do DF, com apoio da Força Nacional e Polícia Federal se necessário. Na decisão, Alexandre de Moraes deu um prazo de 24 horas para a desmobilização dos acampamentos e determinou a prisão em flagrante de seus participantes.

Mas, em Londrina, até o início da tarde desta segunda-feira, as barracas continuavam montadas em frente ao quartel do Tiro de Guerra, na zona sul da cidade. A reportagem da CBN esteve no local e observou a presença de dezenas de carros e barracas, mas algumas delas já começavam a ser desmontadas pelos bolsonaristas.

Fizemos contato com um dos policiais militares que estavam no acampamento, mas ele disse que não esdtava autorizado a falar. Pela Secretaria de Segurança Pública. Quando a reportagem saia do local, um caminhão da empresa que forneceu os banheiros quimicos chegou para retirar os equipamentos do acampamento, montado logo após o resultado das últimas eleições.

Fizemos contato com a Secretaria Estadual de Segurança Pública, que informou, por meio de nota, que vem atuando desde o domingo para impedir bloqueios em rodovias estaduais ou nos municípios. E que também está dialogando com forças federais.

A nota diz ainda que houve uma tentativa de bloqueio de acesso na Refinaria Presidente Getúlio Vargas, em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba, mas ela foi desmobilizada pelo Batalhão de Choque da PM e que duas pessoas foram presas no local. A nota de Secretaria de Segurança diz ainda que as lideranças do movimento estão sendo identificadas e que seus nomes serão encaminhados ao Poder Judiciário.

A pasta informou ainda que as forças de segurança também estão preparando as ações para desmobilização dos atos na frente dos quartéis, em respeito à decisão do STF. Mas, não informou quando ela deve ocorrer.

A nota finaliza dizendo o Estado do Paraná se colocou à disposição do Ministério da Justiça para auxiliar no que for preciso para a retomada da ordem e da paz na capital federal.