TERCA, 28/06/2016, 16:33

Grupo de empresas de Londrina do ramo alimentício é investigada pelo Ministério Público do Trabalho por não pagar direitos trabalhistas

O Grupo Sávio possui quatro empresas e pelo menos duas delas já deixaram de pagar os funcionários desde o ano passado.

Nossa reportagem recebeu denúncias de funcionários da empresa do Grupo Sávio em Londrina que estão sem receber salários há pelo menos três meses, além de outros direitos trabalhistas determinados pela legislação brasileira e em acordos trabalhistas. Em contato com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Londrina recebemos a confirmação das denúncias.

Segundo o presidente do sindicato que representa os funcionários, Francisco Ferreira, a denúncia no ano passado foi feita sob a falta de pagamento de cestas básicas, e recentemente o sindicato recebeu outra denuncia de falta de pagamento de salários e 13º. O representante da categoria afirmou que tentava negociação com a empresa, mas que já tinha encaminhado a denúncia para o Ministério Público do Trabalho - MPT.

Nossa reportagem conseguiu contato com o Procurador do Trabalho, do MPT, Marcelo Adriano da Silva, ele não quis gravar entrevista, mas disse que já tem prova documental das denúncias. O processo em investigação se refere a duas das empresas do Grupo Sávio, ele está em fase final de onde constam direitos trabalhistas não pagos como o vale transporte e alimentação que faz parte do acordo em convenção coletiva, atraso de pagamento de verbas rescisórias, além da ausência de pagamento de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS.

Nos processos em fase final resta à empresa se manifestar dentro do prazo estipulado pelo Ministério Público do Trabalho e cumprir o Termo de Ajustamento de Conduta – TAC, e caso não o cumpra podem ser as atividades suspensas por determinação judicial.

Ainda de acordo com o Procurador do Trabalho o andamento do processo das outras duas empresas do grupo segue em fase inicial.

A nossa reportagem ainda tentou contato com o proprietário da empresa Erico Sávio, mas o Recursos Humanos da empresa nos encaminhou para o advogado que representa o Grupo, José Luiz Pascoal.

Segundo o advogado, o Grupo está em acordo com as determinações do Ministério Público do Trabalho, e que o processo não está em fase final, mas que cumprirá todas as determinações, porém alega que a empresa passa por um momento de crise por duas questões: a primeira por causa da estação que não favorece às vendas e segundo  por que o país e tantas outras empresas estão sendo afetadas pela crise econômica e a recessão.

O MPT preferiu não falar dos prazos dados pelo órgão ao Grupo até que o processo seja finalizado.

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