Helicóptero do Samu atende pelo menos dois chamados por dia em Londrina e região
Números fazem parte do balanço de dois anos do serviço, que, durante o período, foi responsável por transportar mais de 1.200 pessoas entre as cidades do norte do estado.
A vítima de AVC que precisava de um atendimento em um hospital maior. A única sobrevivente de um acidente grave, que causou a morte de quatro pessoas. A mulher que teve 80% do corpo queimado em um incêndio. Os casos citados são apenas alguns de centenas dos atendidos pelo helicóptero do Samu em todo o norte do Paraná nos últimos dois anos. O balanço divulgado nesta terça-feira pela Secretaria Municipal de Saúde aponta que, durante o período, o serviço aeromédico foi responsável por realizar pelo menos 1.200 chamados, em que a utilização da aeronave fez toda a diferença no salvamento da vida dos pacientes. São atendidos praticamente dois chamados por dia. Quem destaca é o diretor de Urgência e Emergência do município e um dos médicos plantonistas do serviço, Felipe Pinheiro.
O último resgate feito pelo helicóptero é da noite de segunda-feira, quando a aeronave se deslocou até Bandeirantes para fazer o transporte de Sandra Regina Feliciano, de 43 anos, que teve o caso citado no início da reportagem. A mulher teve 80% do corpo queimado ao tentar proteger o filho, de apenas três anos de idade, do incêndio que atingiu a casa onde eles moravam na cidade do Norte Pioneiro. Ela se trancou com a criança no banheiro da residência. Os dois ficaram gravemente feridos e precisaram ser resgatada pelos vizinhos. O helicóptero fez o transporte da mulher entre o Pronto-Socorro de Bandeirantes e a ala de queimados do Hospital Universitário de Londrina. Uma viagem que, por terra, iria demorar cerca de uma hora, durou menos de 15 minutos pelo ar.
O diretor destaca, ainda, que o helicóptero do Samu em Londrina é o que realiza mais horas de voo em todo o estado, uma vez que, segundo ele, a região norte é muito grande, além de possuir áreas afastadas em que não há serviços de saúde especializados. São de 50 a 60 horas de voos por mês, conforme Pinheiro.
O serviço aeromédico com sede em Londrina atende 97 municípios de cinco regionais de saúde diferentes. O helicóptero também dá apoio a atendimentos prioritários registrados em outras regiões do estado.