A 16ª Promotoria de Justiça de Londrina encaminhou denúncia à 3ª Vara Criminal esta semana contra um homem acusado de participação no assassinato do professor Paulo Bartholomeu, que foi encontrado morto, com as mãos e os pés amarrados, em um córrego de Tamarana no dia 28 de dezembro. Na ação, o Ministério Público (MP) acatou a investigação da Delegacia de Homicídios, que conseguiu apurar que o professor, que era diretor do Colégio Estadual do distrito de Guaravera, foi obrigado a repassar os dados bancários ao suspeito antes de ser morto. O acusado, inclusive, chegou a transferir cerca de R$ 10 mil da conta do professor para a do irmão dele, que também responde por participação no crime.

A conversa entre os dois irmãos sobre as movimentações financeiras, e a suposta confissão do crime que um teria feito para o outro, já tinham sido detalhadas pelo delegado João Reis, responsável por investigar o caso, em entrevista coletiva no mês passado, logo após a prisão de um dos acusados.

Os dois suspeitos foram presos de forma preventiva ao longo da investigação policial. Enquanto que um deles foi denunciado pela morte, a extorsão e a ocultação do cadáver do professor, além do incêndio do veículo da vítima, o outro deve responder por receptação.

Mais dois agressores, ainda não identificados formalmente, teriam participado do crime. Conforme as investigações, a vítima encontrou-se com os suspeitos em sua casa, onde a violência ocorreu. Eles teriam ido para o local depois de uma festa realizada em uma chácara também de propriedade de Bartholomeu. Após golpear o professor com facadas, que resultaram na sua morte, os suspeitos atiraram seu corpo no córrego nas proximidades de Tamarana e incendiaram o carro dele.