A pesquisa foi coordenada pelo médico Leandro Diehl e ouviu pouco mais de 500 pessoas. A ideia do levantamento era traçar um perfil do doador de sangue do HU de Londrina e com isso ter informação suficiente para novas ações de captação de doadores. Segundo o médico, a pesquisa também queria descobrir o que move as pessoas a doar sangue.

A pesquisa mostrou que a faixa etária predominante dos doadores é de pessoas entre os 29 e os 69 anos. Eles somam mais de 50%. Os homens são maioria, com 56% das doações. E o levantamento revelou ainda que a vontade própria de ajudar o próximo é a motivação de 21% dos doadores. Mas segundo o médico do Hemocentro, a principal motivação é mesmo ajudar as pessoas do seu círculo social. A família, com 29% dos casos, e os amigos, com 23%, são os maiores incentivadores.

Mais da metade das doações, 53% dos casos, são de pessoas que doam com certa freqüência. Os novos doadores ocupam a segunda posição com 26% e os doadores esporádicos, que são aqueles que não doam de maneira recorrente, mas que já doaram algumas vezes na vida, com 25%. Segundo Leandro Diehl, aqui em Londrina o percentual de doadores entre a população fica entre 1% e 2%.

O coordenador da pesquisa diz que o ideal para ter um fornecimento tranquilo, sem falta de sangue, é que cerca de 4% dos habitantes da cidade sejam doadores regulares.

Nos últimos doze meses, o Hemocentro registrou um aumento de 17% nas doações, o que ajudou a atender a demanda crescente dos últimos, já que o número de hospitais atendidos pelo serviço também aumentou. Para Leandro Diehl, a volta das coletas externas, a divulgação da imprensa e o compartilhamento nas redes sociais e aplicativos de mensagem colaboraram para o aumento das doações.

As coletas externas são realizadas às quintas-feiras no Museu Histórico, das 8h às 11h da manhã. No HU, o atendimento é de segunda a sexta das 13h às 18h30, e no sábado, das 8h às 17h30.